sábado, 27 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Eu pintava o mundo com teus lábios, e achava que esse barulho todo era solidão
Eu sentava na calçada de casa e achava que o mundo era grande, espaçoso, via todo mundo passar
e cuidava pra ninguém me olhar
Meus soluçoes me denunciavam, as lagrimas molhavam o chão, e ficava enxarcado, e sempre tinha impressao que alguém preferia enxugar o chão a me consolar, e eu totalmente inerte, sentindo saudade não sei de quem, não sei do que, sempre procurando distração, aproveitando o barulho dos carros, e fingindo que o barulho era meu, quando minha maior agitação era um soluço, minha maior alegria era um meio sorriso, minha maior pulsação era tentar ouvir tua voz, de longe, de fininho em cada "oi" e aceno na rua, dos conhecidos, dos galanteadores, dos aparecidos e dos que de vez em quando sumiam, sua face aparecia em cada cidadão, sua amostra sanguinea era sempre O+ , e minha maior alegria, era doar meu coração, cheio de sangue e de vida, receptora universal de todo amor que você puder oferecer
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Eu sei que nenhum sol há de raiar mais sem eu ter te amado
Nenhuma neblina há de aparecer sem eu ter dito teu nome
Nenhuma curva parecerá tão perigosa, quanto o caminho que me leva até vocÊ
Nenhuma supressão ou opressão de sentimento voltará a minha mente
Nenhum vento soprará sem que eu sinta
Nenhum desejo será mais forte que o meu
Pois enquanto eu estiver com você, até o silêncio será escutado
A chuva será sentida
O sol bronzeará o necessário
Os perigos serão esquecidos
As multidões serão caladas
O mundo será desnudo
e meu amor anunciado
Não dizer o que eu sinto é gritar pra dentro
Me calar, é sentir que estou esganiçando tudo que o sinto pra dentro
É sentir minha alma penetrada no nada, querer pode responder a tudo e a todos
Falar é querer não pensar nos pesares, que estão por demais pesados ultimamente
É sucumbir nas dores tão indelicadas desses últimos dias
É por isso que não posso estar sempre sozinha, pra não refletir o que precisa ser abafado
Não é que eu queira estar anestesiada e não ver nada , simplesmente todo dia vejo tudo
E todo dia tem me angustiado mais essas incertezas, então ou calo e sinto o soar dos problemas, ou falo e esqueço ao menos um momento meus pesares
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
A Pessoa Errada
Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira.A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você.A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.
Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Filmes sobre a Segunda Guerra Mundial
Esta definitiva história conta a audaciosa patrulha do U-96 durante da Segunda Guerra Mundial, um dos mais famosos submarinos alemães, da frota dos famosos Lobos-Cinza. Navegando no Atlântico Norte eles desafiam a Marinha Britânica. A tripulação a bordo do U-96 reflete o desespero entre a luta da vida e a morte, permanecendo horas sem fim numa cansativa claustrofobia no mar, que rapidamente dá lugar ao temor do confronto com o inimigo. Sob impiedoso ataque o U-96 é obrigado a mergulhar mais fundo, comprometendo seu casco, espremendo os marinheiros em pânico. O submarino U-96 leva a mais preparada elite de marinheiros alemães, que são massacrados como trágico lixo de guerra.
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No primeiro ano da ocupação da França pela Alemanha, Shosanna Dreyfus
testemunha a execução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa (Waltz).
Shosanna escapa por pouco e parte para Paris, onde assume uma identidade falsa e se torna proprietária de um cinema.
Em outro lugar da Europa, o tenente Aldo Raine (Pitt) organiza um grupo de soldados americanos judeus para praticarem atos violentos de vingança. Posteriormente chamados pelo inimigo de “os Bastardos”, o esquadrão de Raine se une à atriz alemã Bridget von Hammersmark (Kruger) em uma missão para derrubar os líderes do Terceiro Reich. O destino conspira para que os caminhos de todos se cruzem em um cinema, onde Shosanna pretende colocar em prática seu próprio plano de vingança...
BASTARDOS INGLÓRIOS de Quentin Tarantino combina histórias de opressão, infames, verídicas e heróicas da Segunda Guerra Mundial
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Traudl Junge (Alexandra Maria Lara) trabalhava como secretária de Adolf Hitler (Bruno Ganz) durante a 2ª Guerra Mundial. Ela narra os últimos dias do líder alemão, que estava confinado em um quarto de segurança máxima.
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O Documentário a arquitetura da destruição descreve a trajetória de Hitler e seus aliados durante a ascensão do partido nazista na Alemanha, bem como da eclosão da 2º guerra mundial. Mostrando que Hitler sempre sonhou em ser um grande artista, que após sua ascensão irá utilizar seus projetos arquitetônicos bem como suas teorias, negando consideravelmente a arte modernista. Dessa forma esse documentário relata como se dava a relação dos nazistas, com as obras artísticas existentes na Alemanha e nos países dominados. Destacando, entretanto o nacionalismo e a moral ideológica Alemã em uma época de grandes crises, em que o mundo se recuperava da 1º Guerra Mundial. Onde teóricos e representantes do nazismo, passaram a questionar a arte moderna, relacionando essa arte a grupos revoltosos, sublevadores como os judeus e os bolchevismo da Rússia. Nesta atmosfera o documentário descreve a posição da Alemanha nazista em relação às obras modernistas. Pois nesse período florescia na Europa diversas teorias raciais influenciariam Hitler, fazendo com que ele desenvolvesse uma política de não aceitação da grande maioria das obras modernistas, que segundo ele representavam deformações genéticas existentes na sociedade. O que despertou no regime nazista, um projeto de arte em que se desenvolveria uma nova perspectiva dentro dos projetos, urbanísticos e arquitetônicos das cidades. Assim este documentário trás importantes características da arte do governo Hitler. A qual dá grande enfoque na teatralização, e na grandiosidade, promovendo um nacionalismo coletivo a cada idéia defendida por Hitler e seus comandados.
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- Não oxigenar os cabelos (da cabeça,dos braços,pode)HAHAHHA
- Sair sozinha sempre que puder
- Gritar sempre que estiver com raiva ( e sozinha, pra nao perder os amigos)
- Ter um bichinho de pelúcia pra acariciar sempre que estiver se sentindo sozinha (certifique-se que ele é de mentira, caso contrario, descarte-o
- Acampar com os amigos, os legais de preferência
- Se faça de doido e encabule um amigo (até ele te bloquear, aí você diz a verdade)
- Use batom, principalmente se for aqueles de chocolate
- Seduza um homem de 40 anos (depois diga que era pra sua mãe)
- Agora seduza um de verdade e pegue pra você
- Seja papa anjo uma vez na vida
- Não sonhe com moreno, alto , bonito e sensual,só da certo na música
- Escolha exclusivamente os inteligentes pra sua lista de pretendentes(geralmente não se acham homens bonitos , inteligentes e modestos, então tem de escolher um desses
- Faça hoje, amanha pode aparecer a lei proibindo
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
FABRICIO CARPINEJAR
A MULHER BRINCO E A MULHER COLAR
Eu desconfio de teorias. Mas crio as minhas para desconfiar ainda mais.
Uma delas é a da mulher-colar e da mulher-brinco, duas formas femininas de organizar a vida.
A mulher-colar é mais caseira, procura a unidade. Não é dispersiva, não costuma ter vida dupla, tenta manter uma coerência absoluta entre o trabalho, a casa, o sexo e os filhos (ou os animais). Pretende ter a história sob o controle, o que a atormenta. Fica irritada quando escapa as rédeas da janela. Toma a posição extremista: ou tudo ou nada. Percebe que o nada - bem acompanhada - não é tão ruim assim. Oscila entre a posição de vítima e algoz. Cuidado: quando é vítima é algoz. Adora ser surpreendida. O colar é despir as costas. Como não é posto pela frente, carrega o sopro de um segredo, o leque de um ritual, o vento envidraçado.
A mulher-colar se arrepia toda na nuca. Os beijos antecedem os lábios.
Sua protagonista guarda uma inclinação para transparência. A mulher-colar dificilmente pensará antes de falar - pensará e falará simultaneamente. Pensará enquanto fala. Será rude caso necessário e não voltará atrás. Pedir desculpa é um tormento para ela. Enleia-se em dizer obrigado. De igual modo, será verdadeira para o elogio. Com tal contundência, que todo elogio da mulher-colar se assemelha a um pedido de casamento. Perigoso discernir entre a sedução e a carência.
Colar é mais complicado de perder. Não há como extraviar, ou fingir que ele não existe. Não há como esquecer que está se usando. Uma mulher-colar não aceita metades, suplências e realidades provisórias. É possessiva, com uma teimosia implacável de menina mimada. Mas não é uma menina mimada, é uma menina independente.
Domina o corpo pelo pescoço. Exige que seja olhada com a veemência nos olhos. Mostrará os seios com ambição. O colar é primo da coleira. Com a diferença: quem o usa manda, não é mandado. Os brincos são complementos. Secundários, discretos e dispensáveis. Aparecem para chamar atenção do colar. Como o colar é exagerado, dispensará os anéis e as pulseiras. Ela se julga importante ao escolher.
A mulher-colar tem resistência para abdicar do passado. As pedras estão muito próximas da garganta, lembram as palavras ásperas obrigadas a engolir. Ela põe o colar como quem separa uma voz para ouvir sozinha. O colar é o herdeiro do escapulário. Ao vestir um colar (colar se veste, não é um adereço), a mulher está se ligando aos antepassados: avó, mãe, filha. A mulher-colar mentirá para proteger alguma verdade, em último caso. Não mentirá para se proteger. É constante em suas mudanças. Muda para continuar igual e mais confortável. Abusará da cor escura nas unhas, para exibir personalidade forte. Não vai se influenciar com a opinião alheia, porém fica abalada com sua autocrítica.
A mulher-brinco é de outra ordem. Mais expansiva e volúvel. Ela valoriza os detalhes. As etiquetas. As vogais. Os talos das frutas. Sofre uma inaptidão para escolher: prefere ser escolhida. Casa o brinco com o anel. Ou com a pulseira. Mas não suporta a solteirice do colar.
Perde o brinco, para permanecer com a sensação de que está procurando algo. O brinco é um pretexto para não parar de procurar, mesmo quando já encontrou. Ela acredita que pode estar melhor ainda que extremamente feliz. É insaciável na alegria e na tristeza. Quando fica abatida, não admite concorrência. A mulher-brinco emprega a duplicidade, não se agrada em apontar que o namoro "terminou". Abandona o final, preocupada em preservar o início. Deixa para resolver no último minuto. Deixa, na verdade, o último minuto para não resolver. A mulher-brinco esquece do passado com facilidade, preocupada em crescer e amadurecer o quanto antes. Não tem tempo para fazer tempo. Valoriza o rosto como moldura. Tem uma fixação pelos cabelos. O brinco é um jeito de diminuir a orelha ou aumentá-la. O brinco não está lá por acaso e acidente. É uma tatuagem do queixo. Nas relações amorosas, não permanece muitos anos. Encontra um jeito de fugir sem dar na vista. Dá o fora e disfarça que recebeu.
A mulher-brinco odeia sua solidão. Odeia não contar com testemunhas. Odeia viver para não contar o que viveu. Seu porta-jóias é um emaranhado de fios e de pares trocados. O porta-jóias é o resumo do seu quarto na infância. Demora um tempo para escolher o que colocar, para reparar nas jóias que não a interessava. Recusa a insônia, que afeta sua pele com olheiras, covas e maledicências. A mulher-brinco observa o sono com luxúria. Seu mau-humor depende de como se acorda. Compra tapetes ralos, para facilitar a localização de objetos. Pinta as unhas com misturinha, para não atrair atenção sobre os movimentos das mãos.
Impõe-se na troca rápida de assunto. Mente como experiência. Mente para dominar assuntos que desconhece. Mente para conhecer. É ardilosa e faz com freqüência testes e jogos com seus parceiros. Quer se ver desafiada. A mulher-brinco deseja a cômoda livre para se espalhar. Metódica em sua confusão. Nunca conhece direito onde colocou sua vida.
A mulher-colar e a mulher-brinco podem coexistir numa única mulher. Mas somente uma delas surgirá diante de um homem.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
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Bia que amava Beto que amava Joana que amava Pedro que não amava ninguém...
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...
Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...
Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...
Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...
Ah!
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...
Uma pessoa que não chora será eterna prisioneira do orgulho
E essa prisão não te dá regalia alguma
Te consome mais que as lágrimas
Que podem ser suas amigas, e te aliviar , estará com você na alegria e na tristeza
Debruçará na janela da solidão com você
Vai te convidar para um drinque
E ninguém percebe a troca que ocorre, entre o vento e suas lagrimas, ele seca teu rosto
enquanto elas caem lentamente, cada um faz seu serviço
um alivia, o outro seca, assim realizam seu feito, e ninguém pergunta pelo paradeiro do outro
acorde, chore, ria!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
me perguntando sobre as dívidas
prestando atenção em queda da bolsa de valores
Pesquisando preços
procurando multidões
grito
barulho
perseguição
algo que não me faça sentir sozinha
Escutando rádio, sentindo o locutor conversar comigo
Sentindo alguém chamando na rua, chamando nos sonhos
ou sou eu quem sempre chamo e nunca recebo resposta
eis o eterno monologo
domingo, 7 de fevereiro de 2010
trouxe você como um sabor de uma sobremesa
apreciada após um longo almoço conversando sobre o que fez durante a manhã
Me sinto desnuda depois de tantas perguntas
Com quem estive
Em quem eu penso
Com quem durmo
Em quantos lugares estive
Nem eu mesmo sei por onde vago todas as madrugadas
Todas aquelas vestes cinzas seriam verdadeiras?
Toda aquele lamaçal, aquelas luvas, aquele emprego, aquele apelido
Aquela vespera de novembro
Ando tanto sob efeito de entorpecentes que já nao reconheço o rosto de ninguém
Mas as vozes, elas nunca me deixam em paz, em sono, acordada
Nenhuma vez estive completamente sozinha
Não tive tempo ao menos de um monólogo
Será que hoje começa o outono?
Preciso daquelas flores, mas é outono, como vou conseguir?
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Me laço ao mar , a água seca
Me jogo de um prédio, começo a voar
Tomo altas doses de prozac e me sinto melhor
Amarro uma corda ao pescoço e me jogo e ela simplesmente me faz cócegas
Me tranco e ligo o gás,alguém aparece e faz o jantar
Me dou um tiro e me descubro em uma roleta russa
Pego uma faca ela está cega
Me jogo na frente de um carro e descubro ser uma ambulância
Me mutilo e a primeira pessoa a me encontrar é um médico
Peço anamnese e ele me dá carinho
Peço respostas e ele me dá silêncio
Peço psicologo e ele me dá remédio
Quando peço remédio ele me dá diagnóstico
Me descubro viciada
Enclausurada
Prestes a não mais prevenir a morte
Sentindo que o outro lado é mais calmo
Sinto alegria pelas fortes dores no peito
Sinto alívio pelos últimos dias
Acordo e faço contagem regressiva
Não quero conhecer ninguém que me faça mudar de opinião
Não quero flores ao amanhecer
Não quero vento
Queo estar dormente sem precisar de química
ele lhe receita algo e logo você melhora, e as dores emocionais, quem receitará os remédios?
Quem vai limpar um coração raivoso?
Quem exterminará voce da minha mente?
Quem vai apagar seus vestígios?
Sua boca nma minha
Meu sonho no seu
Minha lembrança de voce...?