quarta-feira, 30 de setembro de 2009




Ai que saudades!

ela não passa

e ele não vem

e eu sei que nem posso esperar que venha

é ilusão essa espera

é erro

mas o que é mesmo o erro?

é ter esperança?

é ter sossego quando não se acredita mais em nada?

errar nem sempre é ruim

e eu nunca quis sentir o que sinto

e eu nunca sinto o que estou sentindo

e essa sensação que eu achava que não mais sentiria

veio á tona

e eu nem esperava que fosse todo esse vendaval

e esse vendaval nem esperava essa minha atitude

nem esperava minha sinceridade

minha perseverança

até os vendavais não acreditavam mais em mim

nem eu acreditava...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009



Não era preciso usar esses trajes
essas máscaras
falsear intenções
mentir
chorar
lacrimejar os olhos forçadamente
conversar
e agora faz descaso
e agora se faz inútil tantas palavras
eis o monólogo
antes era eu quem falava
agora me calo e te deixo a vontade
mas fale, diga o que quiser
minta a vontade, não há mais nada a se esperar
toda seu descaso ja fói absolvido


O meu amor não passa
o meu amor não passou
ele não pára, ele não cansa
ele se basta
ele me fere
ele me devora
ele me sustenta
ele me tange
e nunca acaba
mas nunca é muito
e sempre também
por isso que seja breve amor
breve amar
ame breve
ame sempre
e aproveite
pois so no amor existe o nunca e o sempre!

domingo, 27 de setembro de 2009

Muitos temores nascem do cansaço



E agora não é só petrificação
estamos enraizados em uma bússola sem norte
e fica aquela vontade de continuar não sabendo pra onde ir
mesmo sabendo que tem que ir
que é necessário, mas não acredite nessa história de esquecimento
ela não se encaixa nessa nossa farsa,
você quis, eu quis, nós queremos
e é por essa razão que me desfaço de vontade
que disfarço vontades
e sigo aquele velho fingimento de que está tudo bem, tudo sob controle
quando na verdade nunca estive com ele nas mãos, e em mente
quando o desejo de sempre despir-te, agarrar-te, usurpar-te as forças
até você me procurar novamente, pedindo aquele velho aconchego
e eu dizendo que deverias nunca ter saído, mas teu lugar está guardado
na cama bagunçado, no chuveiro ligado, no dia ensolarado, na porta do quarto
e nem sempre solidão é estar sozinho
é ter em quem pensar e esse alguém não fazer o mesmo por você


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Quem disse que eu quero a monotonia do castelo?
Quem disse que eu quero um palerma de alguma dinastia que eu nem sei pronunciar o nome?
Quem disse que eu quero ser uma esquizofrênica que fica pedindo ajuda a uma suposta madrinha, sobre o que devo vestir, a que festas devo ir?
Porque eu tenho que ter uma bruxa inimiga?
Porque não podemos fazer malícias juntas?
Porque eu preciso ter aparência de sofrida, orfã, com um pai rico e uma mãe morta?
Porque preciso desejar casar com um cara que se julga muito importante e tem de me escolher entre milhares?
Porque preciso morar naquele castelo com a família dele e a minha?
Porque o meu sapato tem que ser um scarpan?
Porque eu tenho que ser meiga e perfeita?



Afinal, que se dane as fadas, eu quero é o conto!
O ser humano
O estar humano
O sentir humano
O querer humano
O planejar humano
O ferver humano
O poder humano
O agir humano
O agredir humano
O necessitar humano
O fazer humano
E ainda assim a humanidade está a beira do abismo

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A boca calou
O barulho cessou
O cheiro foi embora
Não sinto mais teu toque
Não sinto tua respiração ofegante
As lacunas não foram preenxidas
Tudo se esvaiu
Nem ao menos sinto teu perfume
E só ficou o gosto do beijo de despedida, e espero que seja apenas um 'até breve'

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O lenço
a roupa
a seda
o ombro
o balde
o litro
o vinho
a música
a febre
a dor
a piada
a noite
o sono
a insônia
a companhia
a solidão
o papel
o outro

Nada conseguiu enxugar minhas lágrimas
elas não findam, elas secam a tempo

Carta

Oi amigo
Escrevo pra dizer, não sofras tanto assim,
pois nada é permanente
Atração gera paixão
que gera amor
que gera saudades
Não se desespere
pois inventaram o esquecimento,
mas fica a cicatriz, pra te lembrar dos erros e acertos
Um pra te ensinar a não cometê-los mais,
o outro pra usa-los com a pessoa certa

Não precisa temer tanto assim a verdade
Ela doi mas passa
e a insegurança das palavras se suavizam
Seja testemunha da beleza inconmesurável de estar apaixonado
mas jamais esqueça que essa mesma beleza consome teus dias

Pra apreciar a companhia de alguém
é preciso apreciar sua própria solidão
E estar preparada se caso ela vier repentinamente
A morte quase sempre não avisa
Nem o abandono
Não espere que alguém lhe seja justo
Aprecie as mudanças, e tente se adaptar,
pois elas não se adaptam a você


Esteja preparado para as desilusões
Mas não perca a magia de sonhar
Quero deixar essas palavras a você amigo,
Que um dia pensou estar só
Mas partilhas comigo tudo, sem esperar nada em trocaQuero a você dedicar minhas palavras

sábado, 19 de setembro de 2009

Conceitos




Mãos

parte do corpo(geralmente com 5 dedos em cada) que já tateou o teu


Olhos

parte do corpo que já viu o que ninguém enxerga em você


Cérebro

parte do corpo que não se utiliza quando o orgão coração está em ação


Barriga

parte do corpo que sofre total resfriamento quando te vê, ou quando fica dias sem te ver


Boca

parte do corpo que deseja incessantemente beijar a tua


Nuca

parte do corpo que arrepia ao relembrar situações


Perna

parte do corpo que apoia o corpo, o meu e o seu


Seios

proteção mais acolchooada do coração


Coração

parte do corpo que so me faz passar raiva

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O amor nos torna pateticos!




Arrogante?

Desceu do salto.


Tímida?

Chorou ao berros.


Extrovertida?

Parou de brincar ao menos uma vez.


Sexy?

Se sentiu um lixo.


Sorridente?

Desmanchou-se em prantos.


Inteligente?

Se sentiu uma completa ignorante.


Sonhadora?

Esqueceu da esperança.


Impaciente?

Esperou até que a dor passasse.


Indecisa?

Escolheu parar.


Decidida?

Não sabia se partia.


Pacata?

Sentiu um desespero.


Emotiva?

Sentiu um frio d'alma


Hipotérmica?

Tornou-se cinzas


E assim cada uma se auto-afirmou



quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Me consome!




Oi?
Oi!

Prazer?
Prazeres!

Me consome?
Te consumo.

Me dissipa?
Te dissipo.

Me anima?
Te animo.

Me queima?
Te queimo.

Me deseja?
Te desejo.

Cadê suas verdades?
As mentiras já estão espalhadas, tarde demais.

Porque não tenta?
Não consigo.

Porque começou então?
Vontade.

Porque não prossegue?
Não dá.

- Não dá ou não quer?
- Os dois.

Precisa de uma dose?
De duas.

Porque?
Uma pra covardia, outra pra sinceridade.

Você tem medo?
Eu tinha, agora não tenho vontade.

Era só curiosidade?
Sim.

Então acabou?
Sim.

Adeus?
Adeus.


Me consumiu
Me dissipou
Me desejou
Me queimou
Me encheu de coragem
Me embriagou
Me resgatou
Mudou
Mentiu
Fugiu
Adeus

domingo, 13 de setembro de 2009

.. Adivinha o que achei...



"Lembra que o plano era ficarmos bem?"
e mesmo assim você desmanchou todos os planos, não lembrou, fez questão de esquecer
E o que ficou restou, e o resto faz parte do nada, e como de praxe, vai pro lixo, e ninguém sente falta, a não ser quem joga fora, nesse sim, o resto nunca é resto, sempre teve importância, mas guardar pra que?
Se nessa ausência toda, o lixo se concretizou!
E não jogar nao significa que você irá voltar, então o melhor é nao guardar...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009


Porque fizeste, ou melhor nao fizeste isso?
Pela primeira vez prefiro palavras que ações,elas acalmariam o meu palpitar
ao menos não ficaria o vazio, que esta cavando uma enorme cova, mas e a areia pra tapar essa buraco? onde acho?
Não me mostre o caminho, agora já não vale a pena
porque o sentido se foi, ficou so a falta de nexo, você deixou que o tempo perpetuasse esse sentimento irriquieto
Não, não sinta o direito de pedir mais uma chance, a sorte foi lançada, e as palavras também
te dei mil e um motivos pra você ficar, você só me deu um pra ir embora, e simplesmente partiu
Sem ao menos dar tchau, e ficou em aberto, tudo aquilo que foi dito, pareceu vão, pareceu ventania
e se foi, simplesmente, foi.
E vai sendo, vai ficando, aquela falta, de ar, de emoção, de um tudo cobrindo o nada, desperdiçando compreensão, e nem a saudade deixa tanta solidão
e tudo parece sem cor, mudo, surdo, sem gosto, e aquela paz que queria sentir, esta tão distante
que até o barulho me parece agradável.
E não se preocupe, a mágoa corroe, mas também é levada pelo tempo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Parecia que era minha aquela solidão



Porque eu que tenho que partir?
Quem parte tem suas vantagens, novos caminhos, novas fronteiras.
Mas será que eu quero sentir o novo?
Porque quem parte deixa saudades, mas também se afoga nela
Deixa mil coisas pra trás, mil ausências, motivadas, desmotivadas.
Mas deixa também a dúvida, do que teria feito se tivesse ficado, porque ficar é diferente de voltar.
Voltar não tem sentido, não tem o mesmo gosto, a mesma sensação de nunca ter saído, de ter tentado, mas tentar sozinho é vão, é vazio, é sede , é vale, é falta, é ânsia.
E voltar de onde nunca se saiu é pior ainda, porque aí da mais vontade de entrar, de saborear como seria estar lá, como seria se sua ausência fosse notada, se você pensasse em abandonar, alguém diria ao menos: “Não vá, sentirei sua falta”, e mesmo que isso não fosse suficiente, você sentiu um breve tremor, de arrependimento, de medo, de orgulho, e ainda assim iria embora, mas a sensação seria outra, de lembrança, de cartas guardadas, de copos quebrados, de camas bagunçadas, de café sem açúcar, da manhã cinzenta, do vento da tarde, dos desentendimentos, e nessas horas até angústia faz falta, mas então depois de tudo isso, porque partir?
Não é vontade, é obrigação!