terça-feira, 22 de março de 2011

Música killer

Onde Anda Você
Vinicius de Moraes
Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes / Hermano Silva

E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
A onde anda você?

Saudades de tudo aquilo que ainda nao vivi


Saudade é so pressa
De sonhar em um dia encontrar
Aquele perfume exato
A pele mais perfeita, pêlos espessos, carne saborosa
Dentes mordiscando e o gosto da saliva na boca
Saudade é uma mágoa do que não aconteceu, junto com um passado ressentido
Uma espécie de amor mal resolvido, com um não-final, com reticências que deixou um espaço enorme para as lembranças de tudo o que poderia ter acontecido, se não fosse o medo. As más experiências nos fazem pessoas mais céticas , mais arrogantes e mais auto destrutivas

(foto: do filme, Volver)

segunda-feira, 21 de março de 2011

"E tudo aquilo contra o que sempre lutam, é exatamente tudo aquilo que eles são"


Essas pequenas reflexões diárias
Que a gente tem do nada, me fez perceber o quanto eu mudei
O quanto as pessoas mudaram, os amigos, os lugares, os pensamentos
O tanto de coisas que deixamos pelo caminho, o quanto as pessoas são crueis e nós estamos incluidos nessa crueldade
Cada pessoa que nos abandona parece que rasga um grande pedaço sem nem pedir permissão, leva algo da gente como se fosse dono da gente, leva nossos anseios, nos deixa sozinhos. Tantas pessoas que vão embora como se nunca tivessemos existido, convivido, como se a vida e os sentimentos fosse um nada, um simples vento, que passa e so sentimentos a brisa, quando na verdade fica aquela ventania que dá frio na barriga e incomoda. Percebi também o quanto nos tornamos arrogantes, soberbos com nosso conhecimento pífio das coisas, quando acordamos todos os dias, lemos algum livro, escutamos alguma coisa alternativa, nos achamos descolados e ignoramos as pessoas, perdemos muitas coisas pelo caminho, mas uma coisa que jamais deveríamos esquecer, é a humildade, para escutar mais, para falar menos, ter mais paciência para ouvir as pessoas, e jamais esquecermos que a qualquer momento poderemos retornar ao pó e seremos um nada novamente. As pessoas roubam da gente o que há de melhor e nos deixa desacreditados cada vez mais cedo, cada vez mais nos tornamos tão frios, menos amorosos e mais pedantes, enrustidos de intelectualidade que provavelmente não nos servirá de nada, se não dividirmos nosso conhecimento com alguém, nem que seja com uma criança passando na rua.

domingo, 20 de março de 2011

Parabéns pra mim

Mais um ano se passou, e a gente fica relembrando como foi esse dia ano passado
Foi um dia especial realmente, onde consegui reunir alguns amigos e passar momentos felizes (que coisa mais emo). Muito divertido mesmo, muita chuva também.Porém esse ano essa data está sendo muito difícil, não por estar completando 2.0 (sim, eu sou nova)
mas por muitos problemas sendo enfrentandos ao mesmo tempo.Ainda é 11:46, daqui pra meia-noite tem chão ainda. Espero que o dia não seja tao ruim. Parabens pra mim

quinta-feira, 17 de março de 2011

A inquilina


Era o ombro direito dela que chamava atenção, com um sinal tímido, não que fosse feia de resto, mas seus ombros chamavam atenção. Principalmente o direito. Seu corpo era magrinho, mas não exageradamente, na medida. Mas seus ombros tinha um bronzeado de Garota de Ipanema, mas ela não era do Rio, pelo menos do Rio de Janeiro, não. Tinha os olhos agateados, uma mistura silvícola envolvente e uma cintura tal qual.Devia ter seus 22 anos e um olhar por vezes de 30. Atraia olhares por onde passava, mas ninguém entendia porque andava sempre sozinha. Todo dia a mesma rota, casa-trabalho-trabalho-casa. Ninguém a via sair de casa se não fosse para isso. Morava sozinha, parece que a família morava no interior. Nenhum namorado em 3 anos morando ali. Era a única inquilina que recebia 40% de desconto no aluguel, o dono tinha uma fissura que julgava ele ser incubada, mas todos percebiam. Certa vez, um dos vizinhos pentelhos na fase da puberdade foi tentar espiá-la nua, e lá estava ela só de toalha passando óleo em seus ombros, foi o suficiente pro garoto ter uma noite de polução noturna. No outro dia sua mãe foi pegar os lençõis pra lavar e tomou um susto, o garoto muito envergonhado disse que so conversaria a respeito com seu pai. Contou para os amigos o ocorrido e eles ficaram curiosos e também foram xeretar. Nesse dia ela estava em frente ao notebook andando só de calcinha pra lá e pra cá e mandando beijos para o computador. Logo eles perceberam que a web estava ligada, então eles pensaram que deveria ser algum namorado a distância muito ciumento, por isso ela não saia de casa. Alguns dias se passaram e um dos meninos ganhou um computador, para inaugurar chamou seus amigos pra jogar e entrar em algum chat pornografico. Após algumas conversas sacanas, pediu para uma garota adicionar no msn, após alguns minutos de conversa a garota explicou que ganhava um trocado assim, com pessoas em busca de prazeres óticos, então o garoto pediu para a moça ligar a web, ela disse que ligava e faria tudo o que ele quisesse, mas com uma condição, que ele fizesse um depósito online na conta dela, senão, nada feito, o rapaz em sua infinita curiosidade e também por já ter feito alguns serviços no cartão da mãe, não exitou e logo tratou de fazer o depósito. Assim que a web conectou, ele deu de cara com sua vizinha peladinha, passando óleo pelo corpo e mandando beijinhos. Aproveitou que já havia pago mesmo, então seus amigos e ele fizeram a festa do onanismo. Só ficou triste por ter pago pelo que ele poderia ter tido de graça se tivesse persistido na fresta da porta.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Taxi Driver



Hei... você esta falando comigo?

Em 2011 completa 35 anos de lançamento desse filme fascinante que rendeu vários prêmios e indicações, o clímax do filme é envolvente e por mais que não pareça , me lembrou os sangue e mais sangue dos filmes Tarantinos. Quentin é um grande fã Martin Scorsese. Vale a pena ver.Fora a fotografia do filme que é divina.

terça-feira, 15 de março de 2011

Ah, a pós-modernidade



Ah, essa maldita pós-modernidade...
Que chamam Restart, Cine, NX0 de música
Que chama Chimbinha de guitarrista
Que chamam Big Brother de Show da vida
Que chamam Tiririca de humorista
Que insultam nossa inteligência com Show do Milhão
Que esmurram nossa dignidade empurrando novelas decadentes
Que cores definem sexualidade
Que msn substituem amizades
Que "namorando no orkut" define amor
Que gravata define status
Que American Pie é considerado filme
Que futebol (no sentido atual) é considerado esporte
Que a educação é mercadoria
Que o povo é somente povo
Que Amado Batista é considerado poeta
Ah, essa pós-modernidade me assusta
Ecos de uma geração com vento na cabeça

sábado, 12 de março de 2011

Mais filmes (pro-ferias feliz)



1. 500 days Summer
2. A revolução dos Bichos
3. A viagem de Chihiro
6. Viver a vida
5. Clube da Luta
6. Correndo com tesouras
7. Cromwell
8. Delicatessen
9. A onda
10. Eraserhead
11. Este obscuro objeto de desejo
12. Brilho eterno de uma mente sem lembranças
13. Corra, Lola, Corra
14. A vida dos outros
15. O escafandro e a borboleta
16. Giordano Bruno
17. Happy feet
18. Hiroshima Mon amour
19. Inimigos públicos
20. Irreversível
21. Julie e Jim
22. Oldboy
23. Sempre ao seu lado
24. Vicky, Cristina, Barcelona
25. Disque M para matar
26. Let the right one in

quinta-feira, 10 de março de 2011

Carta ao senhor Cronos ou " o tempo é mercúrio cromo"


Após longos meses pensando, queria lhe enviar uma carta, para agradecer pelos dias de chuva que pareciam interminaveis, pelas madrugadas à dentro com muitas lágrimas e filmes em que eu quase podia tocar os personagens, mas agradeço mais ainda por ter passado por mim. Mesmo eu degustando a Senhorita Saudade como um prato de macarrão, e cada garfada eu mastigava como se não fosse acabar. Mas agora Senhor Tempo, você me parece mais bondoso, trouxe pessoas, não para substituir mas pra mostrar o perdão que pode existir, para mostrar que há coisas que podemos realmente superar. Perdoar os outros é essencial, mas não perdoar a si mesmo é essencialmente trágico. Reencontrar consigo mesmo, com muitas mudanças que as experiências nos trazem, é como um sorvete de frutas tropicais em um dia ensolarado, dá vontade de nunca mais acabar. Mas tempo, negocie com o Senhor Espaço, pra não reencontrar almas viventes por aí, só pra garantir a tranquilidade dos dias, quando o senhor souber consigo mesmo o melhor, aí pode falar pra ele liberar as vias de acesso.Tempo, não fique assustado se minhas lágrimas correrem esporadicamente, é sinal de que mesmo com as frustrações em ainda acredito na felicidade, é a Tia Esperança labutando comigo esses dias. Alias, mande meus sinceros agradecimentos a ela por ter voltado aqui em casa e me dado esse voto de confiança. Voltando a você, você muitas vezes me pareceu meio lento para algumas coisas, mas agora entendo que era procedimento. Agora você tem até passado rápido, meio que com pressa, seus serviços prestados são sempre eficazes mesmo, as pessoas as vezes me segredam que não confiam muito em seu poder curativo, mas ta provado por A+B que tudo uma questão sua mesmo. Para uns você demora mais que é pra lição ser aprendida mesmo, para outros é mais rápido devido você ja ter andado muito na casa deles.Agora, Senhor Tempo prove-me que eu serei boa comigo mesma e me deixarei sentir novamente aquele breve pulsar.

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval? Não para todos






Enquanto o carnaval acontece em Imperatriz, com as micaretas, a "fugidinha com você" , dentre outras músicas ambiguas, ao redor da beira-rio há o caos instalado. Mais um ano e as inundações só estão piorando, essas fotos quentinhas, sairam do forno hoje a tarde enquanto eu dava um breve passeio, a balsa já está aportando na ladeira ao lado do Coco Verde, na Rua abaixo do Coco Verde as pessoas estão utilizando barcos para se locomoverem. A realidade que se apodera de Imperatriz é bem pior do que as músicas ridículas. Se bem que a diferença da festa de horrores nem é tao grande assim.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Para os desocupados no carnaval, me incluo nele (dicas de filmes)

1. Budapeste
2. Swenney Todd - O barbeiro demoníaco da Rua Fleet
3. Kick as
4. Asas do desejo
5. Cheech and Chong's
6. Vicky, Cristina, Barcelona
7. O Grande truque
8. Pink Floyd - The Wall
9. Códgo de Conduta
10.O cheiro do ralo

quarta-feira, 2 de março de 2011

Solidão a dois


Enfim, estávamos juntos, porém sozinhos, os dois, no quarto feito estranhos no ninho. Um olhando o semblante apreensivo do outro, e pensando como nos olhávamos em outros carnavais, de camisa suada, de pele transpirando e os beijos sedentos, quentes. E agora? Agora resta um frio quase nos matando de hipotermia. A garganta seca e o sorriso sem graça de quem ta se olhando pela primeira vez. Talvez não aquela primeira vez empolgante, mas estavámos tendo nossa primeira noite despidos de nossa moral, a roupa já tornava-se desnecessária aquela altura da madrugada. Nossos corpos já nem sabiam mais disfarçar o desejo. O olhar penetrava e dizia tudo o que mil palavras jamais diriam. Após meses de conversas retóricas, nosso reencontro se deu de forma bem clichê, em algum bar, em algum canto da cidade que até passou despercebido. Eu, como quem desvenda mistérios da noite, desvendei em um minuto o que aquele corpo queria. Apesar de ainda ter muito o que falar e muito o que ouvir, parece que todas as palavras fugiram, ficou apenas a boca salivando, no último gole de cerveja, no ultimo palito de batata frita, nossa mesa parecia estar mais próxima uma da outra, as amigas sumiram pretensiosamente, ele como de costume estava sozinho á viajar cantando em tom vazio alguma música de Bob Dylan. Um "olá" bem malicioso saiu da minha boca, uma saudação aveludada e cheia de terceiras intenções, quando ele percebeu que a conversa demoraria mais que o normal puxou uma cadeira para perto de si e quase que em tom vocativo pediu que eu sentasse, mesmo se o convite não tivesse sido feito, eu sentaria, mesmo que fosse pra irritar. Sentei e conversamos sobre as coisas costumeiras. Faculdade, saídas, problemas, des-emprego, Dilma, homofobia, ácidez coletiva, amigos frustrados e toda aquela lorota de quem quer disfarçar a surdez do inicio do papo. Enfim, o convite pra ir a algum lugar surgiu quase que concomitantemente, as duas bocas se abriram ao mesmo tempo. Um lugar chamado tentação foi o primeiro a ser pensado. Estavámos lá, ele, eu e tentação, cada um despidos de roupa e moral, nus e à prova de qualquer falsidade, toda repressão se esvaiu. O alcool nos retirou qualquer pudor que relembrasse nosso passado. A paciência esgotou e voei em seus braços.