sábado, 30 de abril de 2011

Movie, movie , movie

Terminar de ver:
Brazil, o filme
Magnólia
Rebecca

Baixar e iniciar:
Persona
Happiness
Onde andará Dulce Veiga
Gattaca
Antes que o diabo saiba que você esta morto

Rever:
A última amante
Closer perto demais

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"Flower nao é flor,mas te dou o meu amor"

É azeda mas é doce, essa tua lambida no pescoço
Esse teu copo de bebida quase vazio, é como cuidar para não acabar
Corpo a corpo, cara a cara, cinismo com cinismo
Teu nariz cheira a sangue, teu mamilo me distrai.

Só nao posso confessar que essa noite te quero assim, calado, me olhando
Porque ao menos essa noite eu quero deixar essa historia de pensar
Não quero parar de dançar, ao som do teu silencio, subo em ti e faço barulho
Pedregulho no sapato essa hora é montanha.
Tua boca parece flácida diante de tanto corpo e pouco tempo

Uni e umideci esse momento com a força de um apocalipse
Frases algozes regurgitadas no teu ouvido doce
Comi cru teu cheiro e explodi feito pólvora nesse cruel encontro
Sabendo que amanha vou cruzar contigo e ser tua preciosa amiga
Atriz.
Pornografia não me consola
Já vivo tão distante, pela tv, internet, acesso imediato que o contato agora é de terceiro e quarto grau
Não coleciono artefatos fálicosa, inertes.
Minha sede já nem é sexual, é humana.

Mundo afastado, mundo vázio
Preocupações com o cheque devolvido e meu avô morreu ao meu lado.
O que vou comer amanha, é fígado humano, do vizinho que jogou lixo na minha calçada.
Meu salário atrasou e a empregada não veio, o que vai ser de mim?

Pobre, maldita, vaca,
Comemos defunto todos os dias e vamos falar de amor
Pura filosofia de para-choque
Corpo poluído
Coitadinha, morreu tão nova
Infarto do miocárdio, câncer, derrame
Era uma pessoa tão boa

Poluição, sonora, visual, sexual, intelectual
Arrotamos cultura e dinheiro sujo todos os dias
Ainda somos os porcos civilizados que inventou tantas máquinas.
Come dinheiro todo dia, e vende arroz.


Aids, H1N1, seborréia, gonorréia, sífilis, tripanossoma cruzi
Meu corpo tá livre disso, só como frutinha, frutinha mesmo.
Cores e diamantes, de amantes.
Eita vida superflua.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Deixa a vida levar assim, solta e cheia de vento
O que dia não responde, a noite pode sussurrar
Ontem foi uma noite difícil, você não estava lá
É incrível como a gente aprende essas coisas sem muito segredo
Medo é apenas uma palavra agora, o que enfrentei passou perto de um moinho.

O café, o cigarro, a pluma, os filmes, as musicas
Já não são o suficiente. A pele pútrida e o desejo escarnercido
Agora se confunde com parasitismo
Sou eu quem morri ou o mundo que não tem graça?
Olho a carnificina e acho uma delícia, meus lábios enchem de saliva.

Fome, assassinato, doenças, chacinas, Freddie Krueger , furacão sempre existiram
E a catastrofe so é catastrofe porque o homem ta aqui, por isso  nada de alardes
Vamos sair, tomar um drink quem sabe depois a dois fingir que nada existe
Nosso umbigo é tão lindo de perto, e minha lingua coça pra lambê-lo.

"Me dê a mão vamos sair pra ver o sol" (Zeca Baleiro)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

E é assim que funciona hoje, só que desde sempre
Sexo por dinheiro e, dinheiro por sexo
A nota de 50 compra um papai e mamãe
Uma de 100 pode te dar um 69
Três notas de 100 leva no rabo
E uma noite dessas você sem dinheiro vai fazer o que?
Cair na band as 3 horas da manha.

Não é mais Sexy on the beach e sim, Sexy in the bitch
Sim vadia, cale a boca e abra logo essas pernas
É pra isso que você serve e não vou gastar nenhum centavo a mais, nem com bebida pra te deixar mais solta
Não quero você solta, quero você calada, no maximo uns gemidos:
Oh yes, oh no , fuck me
São os gritos de uma puta da Ilha que engoliu a gala de um gringo e de quebra veio o estrangeirismo

É você mesmo cara, aquele que não pode ver um orifício apertadinho que quer colocar seu brinquedinho dentro, você pode ganhar de brinde, algumas DST's, se bem que combina com sua cara de doente.
Você também cale a boca, não pode ver um cara com capacete na mão ou com um braço mais bronzeado que o outro que solta risinhos e vai logo descendo a saia.

Não queiram mais que isso, se quer conversar, liga pro Fala que eu te escuto
Não conte com as pessoas ao redor pois elas estão cochilando e quando acordar vão falar:
- Cala a boca e abre logo essas pernas. 

.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Te encontrei em Budapeste, numa rua escura, todo enferrujado, dizendo que experimentou de tudo e que tinha gostado, só não entendi porque pedia pra voltar, se era tão bom, você dizia que ainda sentia saudades do calor, e eu te disse que apesar do sol, eu to chovendo, tô um gelo, que era melhor ficar ali no vazio, que eu não ia mais te acolher, que toda vez que te dei espaço você me expulsou de casa e ficou com o quente da cama, agora te acho aqui em Budapeste, sozinho, fumando seu último cigarro, tentando entrar em coma, tentando se alucinar e eu não ia coadunar com isso. Se fosse pra morrer que fosse sozinho, não te dou mais meu colo, não divido mais nada com você. De que vale toda aquela sinceridade? Pra ficar divivindo segredinhos? Eu achei que servisse pra quando um quisesse liberdade, quisesse contar algo, livre, libertino e cruel, eu fosse a primeira a saber. Mas você pegou suas malas e viajou, sumiu. Agora te lembro baby, você me tirou minhas últimas gotas de bondade. Serei a pessoa mais escrota que você já conheceu, te farei esquentar o sangue de raiva, te farei regredir, se viciar, e depois... depois você vai querer a passagem de volta, e a passagem tá cara.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sei que já postei isso aqui, mas vale a pela lembrar...

E embora você seja o percalço, o solavanco, o sobressalto,
o gênio forte, amarei eternamente a paz de sua presença amiga,
sua fidelidade, seu diálogo curto, sua fala sem vícios,
seu jeito bucólico de enxegar a vida, seu cinismo de dizer meias verdades... 
e sua fúria própria, indomável, marmorizada, de me amar sem limites.
Por isso, passa o tempo, rompem-se alvoradas... esvai-se 
o nosso fiapo de vida... caem as estrelas... crescem as crianças...
arcam os caniços... vão e voltam as estações com as flores... 
Morrem umas, nascem outras com outras nuanças...
E aqui dentro, igualmente, a verossimilhança que denuncia
o brilho dos teus olhos ocultos, você não passa.
Você não sara. Você não finda. Você não seca.

Você não cessa.
Você não morre.

Vera Fornaciari

é, to pagando pra ver

Coisas aleatórias, não me perguntem o sentido
                                                 - Portishead
                                              - Brilho eterno de uma mente sem lembranças
                                              - Closer, perto demais
                                               - A insustentavel levesa do ser


Procuro: confusão, as respostas eu ja tenho.

domingo, 3 de abril de 2011

Foram dias essenciais.

Nenhuma banda me sacia, nenhuma poesia me sustenta
Sou vítima da intensidade, correndo e dizendo aos quatro ventos que tenho pressa de ser feliz
Eu não preciso daquele cara sensacional, não dependo daquela grana e gana inflada todo dia pelos comerciais
Só preciso achar aquela adrenalina que move meu sorriso, por vezes sarcastico, na maioria das vezes é pura felicidade. O sólido me dói, a rotina me seca.
Por favor meu amor, eu não sou aspirina, então não me venha com seu complexo de "Ninguém me ama, ninguém me quer". Lembra das flores que você me mandou logo pela manha? Elas murcharam, talvez se tivesse vindo com um pouco mais de sinceridade e uma carta eu estaria relendo ela agora.
Agora? eu so vejo um caminho nem tão brilhante, nem tão azedo, tá mais ou menos mais eu to andando
Pisando na areia movediça, curtindo o som do silêncio, por vezes uma nostalgia na hora errada, mas esses dias foram essenciais.
Me desapaixonar não me faz desistir,  só não espero mais te encontrar na fila do banco. As filas que frequento só tem chatos. Caminho as vezes sozinha, mas se você também esta sozinho então estamos nessa.
Perdoa minha maneira de falar, só lhe tenho apresso, e so sei falar dessa forma, escrevendo.

(foto : do filme,  A última amante)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Meu ópio é sonhar

Hoje somos só mais um resto do ontem
Com ressacas de dias escandalosos e moralistas
Dançar, rodopiar, lacrimejar e reclamar
Não vou para Pasárgadas, meu lugar é onde está meu amor
Não precisa ser perto, nem tão confortável
As vezes me indago, o que fazer? E agora, José?
Agora o José procura em outras Marias, o que não encontrou na sua
Eu procuro nos versos a liberdade que eu não encontrei no amor
O ódio que vivi é só uma parte, o início, e viveria tudo de novo
Se as circustancias permitissem
De novo, amor
Você volta feito um boomerang, para os meus braços.

(foto: do filme, O passado)