domingo, 28 de novembro de 2010

Eu que tenho me reprimido tanto por te amar
Recebendo bronca todos os dias de mim mesma, por querer receber notícias suas
Como vão seus planos, suas pretensões, se sua saúde ainda é a de antes
Se sua família vai bem, ou como anda aquela sua alergia
Se tens lido os livros que emprestei
Se o carro tem dado problema ou se te falta carinho
As mil e uma linhas dedicadas a esse amor se acabarão como se acabaram outras
Os pensamentos soltos vão correndo ao seu encontro
Sumindo materialmente, fica sua lembrança
Nos livros presenteados
Nas ligações demoradas
Nos beijos intermináveis
Na sua pele que tanto adorava
E agora só me resta a poesia, doce e calada como sempre
Que só fica a me escutar, sem reclamar se cito seu nome
Ou se já é tarde
Adorava ver seu rosto aflito e minha memória não me deixa em paz
Fica essa noite aqui e me faz companhia, diz que eu faço falta
Acalma-me meu amor

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