quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Nós, todo verbo será conjugado no passado
No que não podemos mais suportar
essa coisa de esperar
um futuro quase nobre e sincero
como de quem aguarda um doce dia
muito parecido com aquele que nos conhecemos
mas não tão proximo para não nos impregnar de lembranças
Lembranças sem dor, lembrança com cicatriz
que so deixa a marca, mas se tocar não doi
É essa que eu desejo
e o vazio vai se enchendo de uma nova coisa, não mais parecida com esperança
Mas como algo que já nao aguardo mais
Como mais um ano que vai embora, novas e incríveis experiências, que me ensinarão a sonhar mais ainda, e cair
Sempre, ossos do ofício de quem decide viver até morrer

Um comentário:

  1. Hoje eu percebi que aquilo que eu achava que sentia são apenas memórias de alguns poucos, raros, bons momentos.
    Confundimos o desejo com a necessidade, ambas inadiáveis, por algo que sabemos que nunca virá.
    E por fim, acabamos também por perder o sossego ao buscarmos frenética e destemidamente pelo desapego.

    Espero poder continuar contemplando de seus belos textos, neste novo ano! ;)
    Beijos, com barulho de chuva!

    ResponderExcluir