Eu sou o poeta podre que consome cultura e arrota arrogância.
Sou o músico escroto pós-90 que não penso mais em protestar.
Sou um filhote da geração auto-suficiente de ar-condicionado e não arredo o pé pra suar nas ruas fétidas dessa cidade para trabalhar.
Meu ópio não é religião, nem facção, são as redes sociais que me afirmam como um intelectual e ativista que é livre de preconceitos e tenho sempre uma opinião formada sobre tudo.
Sou a pessoa perfeita para ditar frases de efeito, não leio porque perde muito tempo, mas tenho sempre uma frase de algum autor que jamais lerei.
Sou o cineasta famoso de filmes caseiros de pornografia infantil e também o politicamente correto e sempre estou em dias com minhas obrigações eleitorais.
Eu sou o perfeito idiota.
Esse é a nossa nova geração. Tenho medo dela, e espero não me tornar um perfeito idiota! À margem, Ívila!
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