Em setembro de 2008 eu olho na internet o link que informou a notícia que eu havia passado no vestibular em 28° lugar para História - Licenciatura
"Uma alegria só..." pura hipocrisia, pelo menos para minha família que pensou que esse era apenas meu dever. Eu tinha uma meta, cursar direito, ser uma juíza, promotora e o baralho de asa. No segundo período essa concepção de que era um curso promissor mudou (ainda é promissor, não para mim, claro). As leituras foram aumentando, os filmes estranhos também, e enfim desisti de cursar direito. E aí que começa a história das mudanças, das mutações, do micro para o macro. Foi na universidade que arranjei os melhores amigos e os piores inimigos também. Foi onde arranjei as piores confusões, as melhores festas, os melhores afetos, as maiores paixões, os maiores abraços. Foi na universidade que aprendi que rebeldia nem sempre significa revolução ( na maioria das vezes é so burburinho), observei que há uma linha tênue entre arrogância e humildade, os dois são apenas escolhas. Aprendi a ponderar as escolhas profissionais mais pela satisfação pessoal que por escolhas de outros. Os resultados foram satisfatórios, mas ainda me falta muito, há muito o que ler, muito o que pensar, muito a desconstruir, muito a reconstruir. As estradas são de areia movediça, os sonhos não envelhecem como já pensava clube da esquina, as revoltas são diárias.
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