quarta-feira, 25 de abril de 2012
"Só Deus sabe o quanto eu te amei"
"Só Deus sabe o quanto eu te amei"
Essas são as ultimas palavras de Juvenal Urbino para Fermina Daza ao cair da árvore, no romance "O amor nos tempos do cólera". Por não conseguir mensurar seu amor, concedeu a uma divindade, por força de expressão, que lhe fizesse esse favor. Como Fermina Daza reencontra o amor através de Florentino Ariza e o interroga : Como alguém pode ser feliz por tantos anos, com tantas brigas, tantas desavenças, e não ter certeza se isso é amor?
Florentino Ariza com sua sensibilidade descomunal responde com outra pergunta
- O que fazer com esse amor que ficou pra tras, sem dono?
As narrativas de Garcia Marquez possui uma sensibilidade delirante, que beira o simplório, o casual ao amor dramático, que suga muito a atenção do leitor. É complexo dar nome as coisas e querer que elas sigam ao pé da letra todo o seu conceito. Amor, tesão, sexo, paixão, ódio, tristeza, ciúmes são coisificados e ao mesmo tempo personificados, sendo negado o direito de ser uma estrutura da condição humana. O homem não consegue mais se seguir seus instintos sem nomear tudo. A condição é seguir o namoro, o casamento, como forma doutrinária e não como legitimação.
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