Meu disco favorito de Legiao Urbana (sim, eu sou clichê), "A Tempestade" que era pra ser chamado O livro dos dias, a seguir as faixas, as marcadas em negrito são as minhas prediletas
"Natália" – 3:55
"L'Avventura" – 4:37
"Música de Trabalho" – 4:19
"Longe do Meu Lado"(Renato Russo e Marcelo Bonfá) – 4:25
"Música do trabalho", contexto da exploração e da industrialização já bastante avançada no país
"Longe do meu lado", para os "macacos velhos" ou mais experientes guardam pra si como uma letra de conforto para não mais se apaixonar (impossible, honney)
"A via láctea" como vocês sabem ou pelo menos julgo que sim, esse cd foi o último do Legião Urbana, Renato Russo estava a poucos meses de sua morte, essa letra retrata o momento em que ele estava doente e 'essa febre que não passa' ele estava realmente com febre ao escrever essas músicas, a galera toda ia pro estudio gravar e ele ficava so pelo telefone dando pitaco.
"Dezesseis", não me perguntem porque gosto dessa música, acho simples e bonita, apesar dele so ter dezesseis (acho que li no livro Renato Russo de A a Z a explicação mas nao lembro mais, faz tanto tempo)
"Mil pedaços", ouve uma época em que essa música era minha trilha sonora (sim, sou melosa) mas passou :D
"Leila", uma amiga de Renato Russo com quem ele adorava trocar figurinhas, uma letra simples mas linda também
"Esperando por mim", com a ideia de ser pai, Renato Russo nada mais fez que essa linda música, retratando o que ele pensava sobre isso, e, cara, acho essa música felomenal, sim feLO.
"Quando você voltar", essa letra é outra patetice de um momento meu, de ano passado inclusive, que também passou, mas não deixa de ser linda
Escutem o cd todo, reescutem, mas se tiver depressivo bota outra coisa tá? ;)
procuro no aconchego do teu sexo a noite mal dormida de ontem
Amor, pertube meus sonhos
com teus decretos insustentados pela saudade
loucamente transviados pelo desejo
Não suporto não te ver
E é so pela falta que te digo
pegue no meu pé, beije minha mão
salive em meu corpo.
incomodaremos os vizinhos com os gritos delirantes
escutaremos os doces acordes de alguma banda perdida da década de 70
Nem preciso dizer que
estou decididamente seduzida pela sacudidura do teu corpo
é com as lambidas de tua boca que vou me deitar umidecida anoite
dias calmos e
No meio do caminho
havia uma pedra
não vi essa desgraça no meio
e tropecei
fim.
terça-feira, 21 de junho de 2011
O que me falta é ter clareza comigo mesmo sobre o que devo fazer e não sobre o que devo conhecer, a não ser a medida em que as idéias claras devem perceber toda a ação. Trata-se, para mim, de compreender qual é a minha vocação, ver o que a Providência quer propriamente que eu faça, Trata-se de encontrar uma verdade para mim, encontrar a idéia pela qual eu possa viver e morrer (Kierkegaard, 1941, p. 51-52).
2011 chegou e tá passando tão rápido tão rápido, a gente acaba parando e refletindo, observado o quanto nossas relações são efêmeras, são construídas na areia igual a parábola. Entra ano, sai ano, nossas promessas vão se passando. Perdemos tempo com o moderno, deixamos as emoções se esvaírem, vira pó. Assim como nossos sonhos são poluídos pelo cotidiano, nos tornamos reféns de nossas necessidades. Esquecemos nossas relações com o mundo exterior e o EU volta a falar e gritar mais alto ."EU QUERO, EU PRECISO". Me lembro agora do ano de 2008, setembro de 2008 quando entrei na UEMA, passando em um vestibular especial por conta das greves, entrei com tanta emoção, tanta novidade. Segunda semana teve o trote cidadão, eu sorridente não conhecia ninguém, mas tinha vontade de conhecer todo mundo e todo um mundo de coisa e de pessoas. Aos poucos, fui esmiuçando cada parte material e intelectual (ainda me falta muito), toda e qualquer atividade, reunião, manifestação , eu estava lá. Minha turma, começou como qualquer outra, animada, 40 pessoas, todos cheio de "gás", aos poucos muitos foram saindo, mudando de curso, mudando de cidade, mudando de ideia. Enfim, hoje somos 11, falta pouco menos de um ano para que eu conclua, e fico aqui pensando, já conheci tanta gente, viajei, ri, passei raiva, briguei, namorei, descobri o amor e a ilusão. Eu ainda não consegui me ater a ideia de que as coisas vem e vão constantemente, e que é preciso crescer e não se apegar tanto, pois as coisas irão dar adeus sem soltar uma lágrima e é preciso ser forte e engolir seco. Os problemas vão aumentando, alguns se resolvem, outros não e acabam deixando de ser problema. A gente vai mediocrimente vivendo, abandonando ideais, as surpresas vão deixando de ser surpresa, pra se tornar o lixo cotidiano e sem sal. Me perco em meus pensamentos, aleatórios, poucos e sinceros
sábado, 18 de junho de 2011
Essa mania de querer embelezar os dias
Não aceitando que eles podem ser chatos e tediosos
Não podemos viver esperando de tudo todos os dias
Eles não serão obrigatoriamente dias festivos
Mas tente fazer deles dias úteis
No qual você não possa se arrepender.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Os buracos mais profundos
e sigilosos
se encontram quando estamos sozinhos
não fisicamente
mas quando cessa nossas buscas avulsas por prazer
e de indignação você se nega a ser essa pessoa desprezível
que você sempre odiara nos outros
chafurdar nessa beleza que é provocar a si mesmo
e recuperar qualquer resquício da epoca que o coração nao era so um músculo com impulsos.
rasgar as fotos não adianta, pois a memoria é a melhor maquina registradora.
"Oh Deus, como é triste lembrar do bonito que algo ou alguém foram quando esse bonito começa a se deteriorar irremediavelmente"
Caio Fernando Abreu
"Seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos - emoções"
.
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- Natureza viva -
.
.
Morangos Mofados
- Você tem um cigarro?
- Estou tentando parar de fumar
- Eu também. Mas queria ter uma coisa nas mãos agora
- Você tem uma coisa nas mãos agora
- Eu?
- Eu! "
Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida"
Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Tudo em si é só,
órfão de cada dia
jogando as intempéries em um moinho
só esse sorriso amargo é que resta
do pouco que me faz bem
Longe vai essa poeira,
e agora já posso enxergar o quão cúmplices somos dessa solidão
São apenas alguns dias que mais parecem meses em que as notícias se correram, como uma breve nuvem negra. Não me fingi de surpresa, eu já imaginava que o que se aproximava não seria de perto a melhor notícia do dia. Mas algumas palavras podem sacudir o mundo ou ser apenas um leve sopro.Você tranquilamente vem me contar e eu já não posso me fingir de tola. Mas queria deixar registrado como um desabado, como o que vem a mente em um domingo calorento. Eu sou a favor da eloquência nas palavras e tem duas em especial que me parecem um dramalhão, "sempre" e "nunca", são duas palavras que prefiro não pronunciar, mas minha língua coça pra falar uma delas agora. Nunca. Nunca mais terá aquela menina desprotegida em teus braços, em tua cama, em teus lençóis, com tuas músicas delirantes. Eu julgo conhecer suas artimanhas, sei quando você se torna um garotinho apaixonado, como você está agora, ou quando você está apenas sucumbindo de desejo como já esteve. Não pretendo mais me deitar lembrando do teu suspiro e nem me deixar mais ser leviana por tua causa. Não que eu seja uma Remédios, muito menos uma deusa egípcia encarnada, mas sei o quanto teu desejo arde ao me ver e espero que lembre bem da última que vez que estivemos juntos pois será essa a lembrança que terá. Esperei ardendo em fogo quando te conheci, eu era bem diferente de agora, mas te conheci e levemente fui experimentando teu gosto,mas após um abrupto rompimento ficamos na silenciosa e retórica amizade. Porque voltaste tão voraz se queria apenas se delirar de tesão? Pela iminência de um sexo, essa foi a única vez que você se rendeu aos cantos de sereia. Não venha me contar de sua amoralidade, por mais que ela exista, eu sei que há dentro de ti uma vontade insaciável de voltar a sentir os borbulhos da adolescência.Por mais que você tenha me roubado algumas vontades insaciáveis, ainda me resta a vontade de persistir, não mais com você, mas uma vontade danada de seguir em frente e te topar esporadicamente e te roubar um olá de quem nunca existiu. Esse lixo nostalgico que nós chamamos de saudade, de alguém, de algo, de qualquer época melhor do que a que eu te conheci. Foram bons tempos, mas a vida roubando, tirando, botando tanta coisa, que so resta o lixo nostalgico mesmo. Um futuro nem tão próspero mas cheio de desejos e amores piegas. Minha leitura é de que ainda nos toparemos em situações diferentes, talvez eu ria disso tudo. Ou talvez riremos juntos, das situações.
Fiquem alegre, se pertubem com essa letra, é uma linda música, para os talvez solitários de plantão e como dizia Cazuza "Solidão, que nada" ou então Renato Russo "sem essa de que estou sozinho, somos muito mais que isso" amem. hehehe, curtam aí.
Para essa madrugada quase românticas, duas músicas que eu considero bonitas, apesar de tratar quase de um (des) romance e , de não curtir muito Roberto Carlos, mas ta aí a exceção. Dia comercial, dia romântico, dia fresco, dia amoroso, amanha será um dia bacana, vou continuar vendo meus filmes. Nunca fui muito bem dada a essa data "cãomemorativa", mas dessa vez não há crise irremediável , nem soluços amargos, nem saudades, mas uma vontade de escutar boa música, incrivelmente isso. Escutando Smiths, Bebel Gilberto, Radiohead, Caetano Veloso. Apos um dia de filmes violentos a lá Quentin Tarantino, irmãos Coen e Joe Dante, dentre outros. Não vou mentir que uma companhia masculina cairia bem, mas já que tá meio escassa fico aqui escrevendo, não pra alguem se compadecer mas para expurgar qualquer coisa que eu esteja sentindo. Boa madrugada.
Estou irremediavelmente acreditando que quando cair a ficha estarei no vagão de algum trem fugindo com você e me perguntando porque dei o primeiro passo, porque fui lhe procurar, imaginando que hoje será um dia daqueles, ensolarado, com sorrisos e enigmas dentro dos teus olhos . Você sempre calado guardando a sete chaves . Eu quero acreditar, eu preciso acreditar, que nos dois somos um caso perdido, sem remédio, sem cura, que não há saída, e que o único lugar que deveríamos estar agora é nesse vagão, parando e qualquer lugar, indo de mãos dadas em qualquer direção, sem dizer nada, só respirando. Calmos , teremos dias calmos. E de manhã, quero ver teu sorriso malicioso.
E outra vez minha alma confunde as coisas, e só me diz : - Vai menina, segue tua sina. Hoje o dia foi quente, sozinho e angustiante, dentro dessa casa só vi o vazio. Senti quase um dejavu, exatamente do dia em que fiquei sozinha novamente. Senti um gosto amargo de saudade, e de novo vi na janela aquele passarinho que só vem cantar desilusões. Hoje caio na tentação de acreditar no barulho da tua voz balbuciando qualquer música. É imperfeito, eu sei. A vida toda a gente passa buscando o "ser perfeito", essa busca é onerosa demais, desgastante demais. Achei meu coração esses dias numa caixa empoeirada e lembrei do dia em que guardei la. Deve ter sido um dia quente igual ao de hoje. Essa poeira irrita meu nariz, deve ser a vontade de esquecer e culpar algo ou alguém, essa mania de não se perdoar, não se contentar, essa mania de não querer ser medíocre a ponto de não querer aceitar que a vida é só isso. Trabalho, casa, familia, amigos, namorados, festinhas, um chocolate, um suco pela tarde, um por-do-sol sem sal. O melhor mesmo é segurar as pontas, engolir o choro, fechar os olhos e sentir que o dia cabe em minhas mãos, que todas as decisões importantes sou eu quem tomo, engulo qualquer picuinha com o elegantismo de quem não desdenha das oportunidades de dar e receber um sorriso, mesmo que malicioso. Qualquer flor pode ser interpretada mal, a que eu tenho hoje para dar a alguém é fruto de um sonho desses brutos que a gente tem de viver e se apaixonar até pelo dedinho do pé batido na quina de algum armário, essa precisão de estar sempre sentindo, mesmo que a recíproca não seja verdadeira. Essa pressão que a gente recebe todo dia em não demonstrar o quão humano nos somos e quao suscetíveis estamos a errar é puro niilismo, fingir ser sempre ácido, comprar uma colcha de retalhos e nos cobrir totalmente, deixando apenas os olhos do lado de fora e torcer pra que ninguém descubra onde estão nossas mãos trêmulas, nossos sentidos. Nós sabemos que por tras desse sorriso manchado de lágrima, aguarda um coração sedento por palavras milagrosas de quem só deseja ver a vida de novo brilhando loucamente feito criança ao amanhecer. Ao menos hoje eu confesso, cada verso meu exala um amor constante e uma vontade de acreditar em flores novamente.
Prefiro a música na voz do Renato Russo, pra mim é a melhor versão, mas pra os poucos que não sabem, essa letra é do Herbert Vianna, apesar de ter ficado bem conhecida na voz de Paula Toller, eu ainda prefiro na voz magnifica de Manfredini.
Ah, bons tempos, bons artistas, música, please.
"Se a música inspira o amor, que continuem a tocar" Shakespeare
Embora esses dias frios tenham perturbado minha paz
Soluçando e soluçante
Não, não tem saída pra não sentir
Não é escolha,
é uma das únicas coisas nessa vida que não tem escolha
Sentir, sem precisão
e com todo medo de errar
Todo pedido misericordioso não será ouvido
Brincando entre os destroços de todo arcabouço de experiências
acumuladas em baús
Eu não tenho sonhos,
tenho necessidades
as mais secas possíveis
Supérfluo seria acreditar em você a essa altura do campeonato
"Ulisses" adapta a Odisséia de Homero, condensando a viagem de Odisseu (na pessoa do agente de publicidade Leopold Bloom) em 24 horas, entre os dias 15 e 16 de junho de 1904.
Épico do século XX.
Considerado por alguns críticos como a obra mais importante do século XX, "Ulysses" é um monumento dos tempos modernos. Nela estão presentes todos os elementos, agradáveis ou insossos, deste século entremeado por duas grandes guerras - o antisemitismo, a erotização, o racionalismo cientificista, o adultério, as falsidade das relações sociais.
O Bloomsday é um feriado comemorado em 16 de junho na Irlanda em homenagem ao livro Ulysses, de James Joyce. É o único feriado em todo o mundo dedicado a um livro, excetuando-se a Bíblia
O Bloomsday é comemorado na Irlanda e pelos amantes da literatura com diversos eventos oficiais e não oficiais. Também é comemorado todos os anos em vários lugares e em várias línguas. Em comum entre os muitos dedicados entusiastas e simpatizantes envolvidos nestas comemorações há o esforço por relembrar os acontecimentos vividos pelos personagens de Ulisses pelas dezenonve ruas da cidade de Dublin.
Eu nunca fui irresponsável e introspectiva
Eu nunca fui descentralizada de nenhuma forma
Eu nunca tive insuficiência em sofrimentos por amores,
Nunca deixei de esquecer e abandonar Deus de formas
que eu jamais imaginei
Eu declaro uma pausa em assuntos de relacionamento
Eu declaro um intervalo das armadilhas de relacoes
amorosas
Eu preciso muito respirar sem o sabor dos romances
Eu declaro um tempo a todos os compromissos
Eu nunca abri mão fácil assim
Eu nunca fui insensível, indiferente como cópia de
autonomia
Eu declaro uma pausa em assuntos de relacionamento
Eu declaro um intervalo das armadilhas de relacoes
amorosas
Eu preciso muito respirar sem o sabor dos romances
Eu declaro um tempo a todos os compromissos
Ah, respirar
Parar de olhar o exterior
Parar de procurar nos cantos dos cômodos
não é da minha conta ou do meu feitio
Ahhh
Eu nunca soube de liberdade com relacionamento
Eu comecarei de novo desta vez na minha pele, onde eu
estou
Eu declaro uma pausa em assuntos de relacionamento
Eu declaro um intervalo das armadilhas de relacoes
amorosas
Eu preciso muito respirar sem o sabor dos romances
Eu declaro um tempo a todos os compromissos
Sinceridade, mal de alguns poucos, nessa cena Owen tem umas das conversas mais sinceras que alguém poderia ter, esse filme é cheio de diálogos, queria soltar uma lágrima, mas seria sentir e, disso eu ja cansei
Coração pedante
domingo, 5 de junho de 2011
Eu tinha pendurado no varal
dois dedos de prosa e um de poesia
O vento intruso levou a prosa
Ficou a poesia na solidão
Meus murmúrios com as notícias
foram logo ficando pra dentro
Sim, pra dentro de mim que nada posso falar
Só sempre sentir, como quem engole a brisa pra sentir e leveza
Eu não esqueço o seu nome. O seu telefone. O seu endereço. O seu olhar não esconde o que sente. Nem os seus medos.Nem seus olhos negros, hipnóticamente negros.
Somos tão confusos, nos lembramos um do outro em cada pequena letra de música. Nossa (?) música...não temos:Ficção, verossimilhança, poesia...
Não sei quase nada de você, há não ser o suficiente. Eu namoraria você, se pudesse, mas, você não se enamoraria de mim. Há um conflito claro de gênios, estamos a procura de flores de amor-perfeito, e nossos jardins são muito longe para estarmos perto de si, e de nós.
Esse quarto em carmim, é pequeno. Demais para nós dois. Um abajour francês a meia luz, persianas brancas de cetim balançam ao vento noturno. Lá em cima a uma meia lua. Islâmica noturna. É um desejo crescente: Fecha a janela, o neon nos ilumina. Dormentes. O cheiro de um cigarro mal apagados no cinzeiro de vidro. Whysky barato. Tão suja de si: O barulho de nós, em uma cama rangente em sexo,no surpreende. Nos apavora. No excita. Seu vestido negro, seu soutién vermelho. De costas para mim, me escondes algum segredo. Só um sorriso sacana, com cabelos negros jogados para trás. É um planejamento de um assassinato.
Você me mata.De prazer. Sua companhia me entrega o que eu escondo do meu ser. O meu perfume, gardênia, um blues ou trip hop no ambiente. Lhe abraço por trás, as mãos passeando por entre desenhos que...não queremos que outros saibam. Lá fora és pequena, aqui da onde vejo, por cima de meus olhos, és gigante. É impossível não rir, mas, uma risada gostosa de cúmplices de um crime. Se quebra o clima? Criamos nosso próprio jeito.
Há uma cidade inteira lá fora sem lembranças. Você tem que viajar agora, buscar seu pai. Lhe tiraram uma casa, te tiraram a castidade do amar. O sexo fechado, as aulas em inglês. Perto demais, longe demais. Uma amizade que se confunde nas palavras.
Diga a verdade, você é apaixonada por mim. Diga a verdade, você é apaixonado por mim. Eu te odeio. Eu odeio Você. Nunca dissemos eu te amo um para o outro, sorrindo felizes, em algum boulevard de Paris, em maio de 1968, nas lentes de uma câmera Leika.
Eu nunca beijei você. Mas sei cada miligrama de seu cheiro. Imagino cada um dos seus tímidos trejeitos. Vi um pequeno e sensual corpo em alguma noite de rara beleza. No sol da Fortaleza, eu sentei e chorei. Bebemos, escutamos as mesmas músicas. Uma intimidade incovenientemente inédita. Uma natureza indômita de maranhense. Alguns ficantes a mais ou a menos. Um ódio insistente. Uma queda inteira pela frente.Você de mim, sabe demais. Eu de ti, menos. Cada vez, menos.
Intempestivamente, você irrompe e diz que se lembra de mim, em algum momento do dia. Alguma música perdida. Então você me lembra: É saudade. Não sei, passei muito tempo estranhando esse sentimento. Não sei, estou com medo, tive um pesadelo. Só vou voltar depois das seis.
Tão perto, tão longe. Um projetor de cinema de distância. Um discurso pós-moderno de distância. Talvez um ano inteiro de distância. E talvez um nunca mais de distância. São muitas léguas a caminhar. Muita estrada de chão, coronéis, sertão. Errar sem mar. Terra sem ar. Um pássaro só, numa inspiração de música.
Minha inspiração, meu medo, meu sexo. Nexus, plexus, sexus. Amplexos. Reflexos. Sortilégios. Rémedios. Prédios. Velhos. Imagens, fotos, não temos. Familiares em comum, não temos. Culturas separadas por corpos e léguas. E você que tem imagens a receber? Alguma você encontrou de mim? Essa encontrei na internet. É possível que aja mais.
Esse é uma situação em que não temos tanto o que fazer. Estamos separados por um distante sentimento. Incompreensível sentimento. Invisível sentimento. Ausente sentimento. Um instante por um momento. Registrado no imáginário de um casal em branco e preto, num qualquer Boulevard parisiense, a nos beijar apaixonados, um sexo em línguas, olhos, suspiros e desejos registrados nas lentes de um distante maio de 1968, em uma soviética câmera Leika.
Só não esqueça de não pisar no sangue dos nossos corpos no chão da sala, e não deixem que limpem ele nas cortinas de cetim branco, no nosso quarto em carmim, vermelho...
Ave Sangria é um conjunto musical brasileiro de rock rural, um dos principais expoentes da cena musical psicodélicapernambucana dos anos 1970, junto com Zé Ramalho, Marconi Notaro e Lailson. Dizem as más linguas, que eles enviaram um cd e um back pros Beatles e o grupo musical aprovou os dois.
Essa banda é um clássico do Grunge.Foi um projeto concebido em homenagem ao suicídio do vocalista do The Mother Love Bones, pelos seus amigos Eddie Vedder (vocal do Pearl Jam), Jerry Cantrel (guitarrista e líder do Alice In Chains) eChris Cornell (ex-vocal do Soundgarden e Vocal do Audioslave). Reunir as 3 maiores bandas grunge de todos os tempos, é um feito notável...E FODÁSTICO!
Yo me voy. Estoy triste; pero siempre estoy triste. Vengo desde tus brazos. No sé hacia dónde voy. Desde tu corazón me dice adiós un niño. Y yo le digo adiós..."
O cinema falado é o grande culpado da transformação
Dessa gente que sente que um barracão prende mais que o xadrez
Lá no morro, seu eu fizer uma falseta
A Risoleta desiste logo do francês e do Inglês
A gíria que o nosso morro criou
Bem cedo a cidade aceitou e usou
Mais tarde o malandro deixou de sambar, dando pinote
Na gafieira dançar o Fox-Trote
Essa gente hoje em dia que tem a mania da exibição
Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
Com voz macia é brasileiro, já passou de português
Amor lá no morro é amor pra chuchu
As rimas do samba não são I love you
E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny
Só pode ser conversa de telefone..
Eu já estava aqui mentalizando, aí vou no blog do Diego e me bate a curiosidade de escutar essa música do Radiohead, so pra terminar de deixar o dia mais sombrio. Aff, essa é uma música extremamente deprimente, portanto quem não estiver preparado nao clique.
Música linda, momento extremamente parecido com todos os que ja vivi , a frustração, ões, na verdade. Uma falta de sorte, um nó na garganta, uma falta de alívio, uma noção do perigo, curto essa música como quem lambe lágrimas salgadas, com um leve acre. Aprendendo de novo, levando aquele soco nosso de cada dia, de uma flor mal cuidada, mal regada e mal e agora mal brotada. Reflexos de uma impureza. Corroi, mas corroi até acabar logo com tudo, antes que eu comece a pensar nisso tudo. Não aguento mais essa história de sentir intensamente, viver intensamente, quero calmaria, meu pobre e novo coração já nao é mais o mesmo com sorrisos formigantes como antes. Pedra do sossego quero me encostar em você. Sugar ao máximo das pessoas, todos os dias acordamos pensando nissos, e nos nem sabemos de onde parte tanto sangue. Era tão bom, o passado sempre parece bem mais promissor que o futuro.
Aqui nessa cidade provinciana,moro eu e meus sonhos
Rastejantes e pujantes sob o sol rajante dessa rima irritante
Cérebro frito, ou seria fritado, pelo dia nosso de cada assalariado.
Meu Durkheim me acompanha debaixo do suvaco soado, quase molhado.
Vou pelas ruas e calçadas assimétricas me entortando em busca de alguma sombra
Encontro nos olhos de alguem na rua os mesmos devaneios que os meus, um tal desconhecido
O endereço é complexo, o coração imaturo, o desejo inseguro, o labutar exagerado, o perfume acre
Meu ópio não é igreja, não é intelecto, não é cachaça, não é futebol, está ligado naquele olhar fumilnante
Não procuro nada nem ninguém, deixo que tudo e todos me achem, nem precisa telefonar, sei que vou te esbarrar
E perguntarei a qualquer amigo, a qualquer bar, a qualquer vento, em qual pedra você costuma tropeçar
E de repente, tropeças na ribanceira que eu montei, encalha e se afoga nos litros que chorei, mergulha e brinca de tiro ao alvo e acerta a flexa na garganta. Essa fama de espoleta, quebra e geme todo dia, funga no cangote da solidão, parte e se distrai. Meu amor, era so verão, todo esse calor jamais valeria a pena, se não tivesse a sua sombra, decoro teu passo leve e, com luvas especiais consigo tocar teus desejos mais íntimos. Eu vejo flores em você.