terça-feira, 21 de junho de 2011

Lixo nostalgico - PARTE II

2011 chegou e tá passando tão rápido tão rápido, a gente acaba parando e refletindo, observado o quanto nossas relações são efêmeras, são construídas na areia igual a parábola. Entra ano, sai ano, nossas promessas vão se passando. Perdemos tempo com o moderno, deixamos as emoções se esvaírem, vira pó. Assim como nossos sonhos são poluídos pelo cotidiano, nos tornamos reféns de nossas necessidades. Esquecemos nossas relações com o mundo exterior e o EU volta a falar e gritar mais alto ."EU QUERO, EU PRECISO". Me lembro agora do ano de 2008, setembro de 2008 quando entrei na UEMA, passando em um vestibular especial por conta das greves, entrei com tanta emoção, tanta novidade. Segunda semana teve o trote cidadão, eu sorridente não conhecia ninguém, mas tinha vontade de conhecer todo mundo e todo um mundo de coisa e de pessoas. Aos poucos, fui esmiuçando cada parte material e intelectual (ainda me falta muito), toda e qualquer atividade, reunião, manifestação , eu estava lá. Minha turma, começou como qualquer outra, animada, 40 pessoas, todos cheio de "gás", aos poucos muitos foram saindo, mudando de curso, mudando de cidade, mudando de ideia. Enfim, hoje somos 11, falta pouco menos de um ano para que eu conclua, e fico aqui pensando, já conheci tanta gente, viajei, ri, passei raiva, briguei, namorei, descobri o amor e a ilusão. Eu ainda não consegui me ater a ideia de que as coisas vem e vão constantemente, e que é preciso crescer e não se apegar tanto, pois as coisas irão dar adeus sem soltar uma lágrima e é preciso ser forte e engolir seco. Os problemas vão aumentando, alguns se resolvem, outros não e acabam deixando de ser problema. A gente vai mediocrimente vivendo, abandonando ideais, as surpresas vão deixando de ser surpresa, pra se tornar o lixo cotidiano e sem sal. Me perco em meus pensamentos, aleatórios, poucos e sinceros

Nenhum comentário:

Postar um comentário