domingo, 11 de novembro de 2012

António Botto


Tenho a certeza De que entre nós tudo acabou. - Não há bem que sempre dure, E o meu, bem pouco durou. Não levantes os teus braços Para de novo cingir A minha carne de seda; - Vou deixar-te, vou partir! E se um dia te lembrares Dos meus olhos cor de bronze E do meu corpo franzino, Acalma A tua sensualidade Bebendo vinho e cantando Os versos que te mandei Naquela tarde cinzenta! Adeus! Quem fica sofre, bem sei; Mas sofre mais quem se ausenta!


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