sexta-feira, 29 de maio de 2015

Jamais fomos modernos ( ou sobre coisas antigas e novas)


Como adoro pegar emprestado títulos de livros para minhas postagens, hoje escolhi o título do livro de Bruno Latour, que inclusive ainda não li, mas tenho uma base do que seja, a partir dessa frase "até mesmo aquele que se autodenomina pós-moderno, mal chegou a ser moderno" .

Parece haver na história uma guerra teórica acirrada entre aqueles que um dia de autodenominaram pós-modernos e os que leem sobre sobre o passado ad infinitum. E é mais ou menos lógico pensar que sempre nos pensaremos modernos em detrimento daqueles que já foram, e a modernidade não está apenas no fazer, mas também no pensar. Consideramos nossos pais e avós antiquados, com pensamentos retrógrados e um dia nossos filhos também pensarão isso de nós.

Nesse ínterim, ocorre também o inverso, pessoas que acreditam que o passado foi sempre melhor, que a musica, literatura, pessoas, sentimentos morais e éticos eram melhores em épocas anteriores, quando na verdade esse saudosismo só parece um pensamento carquético e tomado de síndrome de Peter Pan. Essa explosão juvenil de virilidade e ao mesmo tempo de que sua moral é melhor do que nos tempos atuais no meu ponto de vista é um saco. Ficar discutindo em mesa de bar porque o vinil era bom e exigia mais esforço físico e mental pra achá-lo e a "garotada" de hoje em dia não dá valor porque consegue facilmente na internet. Meu amigo, aceite. A "modernidade" taí pra facilitar, se você sofreu em sua nobre juventude pra conhecer a cultura que você julga ser a melhor.

A próposito, nós estamos fritos nessa linha tênue entre essa saudade do passado e ainda achar que somos modernos.

Vá escutar um rock rural e matar a saudade de quando o capitalismo era so a menina dos olhos do Brasil

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