segunda-feira, 25 de julho de 2011

Relatos de uma vida sedentária

Acordando as 10 horas da madrugada todos os dias, dizem as más linguas que esse horário as pessoas trabalham, que culpa tenho eu do meu marido ter morrido acidentalmente engolindo veneno de rato deixando uma pensão modesta para que eu ficasse despreocupada. Reza a lenda que Deus ajuda quem cedo madruga, porém é tudo falácia. Chego a cozinha e encontro a mesa vodka, café e cigarro, fiquei na dúvida entre qual eu iria consumir primeiro, decidi então consumir os três, não necessariamente nessa ordem, café essa hora faz mal. O limão acabou ontem, então vai sem o limão mesmo, eu também acho que limão faz mal essa hora. Tô tentando parar de fumar, acho que to conseguindo, desde ontem a noite que não fumo, essas horas dormindo são uma perda de tempo.Em uma semana de regime, perdi sete dias maravilhosos da minha vida.Acho que alguém bateu à porta mais cedo, não acho que tenha sido o carteiro, há meses que eu finjo que não moro aqui. Mas infelizmente alguns vizinhos ainda me vêem, quando fatidicamente tenho de pegar algumas roupas que eu lavo de três em três semanas, odeio moscas, elas insistem em permanecer na minha casa. As tecnologias são sempre bem vindas na casa. Lava-louças, lava-roupas, centrífuga, secador de louças, ainda me falta uma empregada automática que não precise receber salários e nem benefícios, não quero aposentar ninguem, isso dá um trabalho. Pelo que eu percebi hoje, há um mês não falo com ninguém, também mandei cancelar o celular, ou melhor, eles cancelaram por falta de crédito, queria fazer isso online.Falando nisso, minha conta no banco tá pra fechar, há dois meses que não faço nenhuma movimentação financeira, a última quantia que saquei foi o suficiente pra passar esses dias em casa, com muito quitute, alguns congelados e um fardo de vodka, que é pra nao ter o trabalho de sair de casa. Meu ponto fraco é que sou muito caridosa, principalmente se tratando do filho do dono do supermercado que mora aqui perto. Um moreno alto, com cara de pidão, me aparece aqui de vez em quando pra me ajudar a cozinhar, ele viu que sou péssima na cozinha, só que de vez em quando me confunde com alguns ingredientes e me joga na mesa, o problema é querer tirar minha calcinha com a faca, morro de medo de cortar meu clítoris por engano, fora isso ele é bom rapaz, ah meu coração mole, um dia me leva a ruína. Acho que to com alguns problemas renais, há dias que não faço xixi, também há dias não visito o vaso e não gostaria de ficar com o lençol sujo, ao menos uma vez na semana confundo alguma panela com pinico no quarto, deve ter sido de alguma refeição esquecida. Falando em refeição acho que há meses não saboreio um pão fresquinho com um bom café, se bem que eu nunca gostei, vou ficar aqui mesmo, sentada, talvez se cansar volte pra cama, e so levanto quando o moreno vier me ajudar no almoço ou no jantar.

"É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro?

As flores são lindas, cheirosas e... amargas
Experimente coloca-las na boca e mastiga-las,
Você que verá que por fora elas tem uma das mais deslumbrantes vistas
que deixa qualquer mulher amolecida
Porém, mastigue seu caule, suas pétalas e verás um gosto amargo,
Um gosto que jamais sairá de sua boca, mesmo experimentando das melhores especiarias
Assim são nossas experiências, se paga um preço caro por ver algo por suas aparências, e julgar-mos so pelo pacote, dentro do pacote há um conteúdo cheio de histórias, e conhecelo a fundo pode ser o preço da mordida da maçã.
E você se parece como um lúdico nas mãos do mundo
entretanha-se com suas açoes, se for mastigar a flor, encha o peito de ar e aguente as consequencias do sabor

domingo, 24 de julho de 2011

É, Bastião....


É Bastião, o mundo num é mais como antigamente não
As muié agora num aceita mais frô de presente pra se infeitá não, é que agora elas so quer um tal de celular e cartão de crédito, que é pra compra as coisa dos comercial de TV
Nossa viola num serve mais de nada, tem um tal de digei que faz tudo numa caixa e num tem nada na musica, só um bate estaca danado
É Bastião, nois num dá certo na cidade grande não, é que todo mundo so anda correndo atrás de dinheiro,  nossa carroça num serve pra andar nu mei dos carro não, é que os cavalo fica tudo nervoso no mei de tanta buzina.
É Bastião, as festa da cidade grande num dá pra nois não, é que o povo num quer mais cantarolar e brincar mais, so quer brigar e amostrar as rôpa
Nois tâmo é lascado, é que as muié se arruma pás ota verem como tão aprumada, cheia de negoço colorido na cara, cheia dos ôro, dos tamanco e num oia pra nois, que é pro modi quê nois num tem bala na cuia, elas num quer mais casá, que diz que casá é coisa de gente antiga,
É Bastião, acho que daqui um tempo num vai ter mais gente nesse mundo não, é que as muié num quer mais ter mininu, e as que ainda faz é so de jogador de futebol, daqueles que a gente vê na TV.
Chêi de gente bonita na cidade, Bastião, mais gente vazia, gente sem graça, so anda passando de cum pressa na tua frente, num te dá um oi, parece até que passou a noite contigo.
Bastião, fala pro Zé, que é pra num ir pra cidade grande, que na cidade grande só tem gente pequena.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Para todos os meus (des) amores

É tão inverossímil e por vezes humilhante
procurando nos rascunhos da mente
tudo o que se foi, resgatar os redemoinhos que a vida dá
e tudo parecer uma ferida aberta que não sara
uma diabetes amorosa
aos meus (des)amores
hoje me peguei pensando na maior parte deles
e como é inacreditável que a saudade faça tantos estragos
Não das pessoas em si, mas das situações
amar é tão clichê e tão despretensioso
Meus rancores se foram, minhas tristezas também, minhas mágoas também
Fica só o gosto de que a vida não é, ela simplesmente acontece
sem planos ou suposições
e esperar demais das pessoas, cansa
Ah, meus amores, esse mundo pós-tudo
pos-guerra, pos-moderno, pos-revoluções, pos-amor,pos-esperança
nos deixa tão saturados de tudo
A literatura já não tem mais o seu significado, a música muito menos
queria eu poder enviar cartas intimas a cada um dizendo o quanto aprendi com cada pessoa
seria por extensa demais e terminaria meus dias a escrever
Tenho lido tanto, vivido tanto, chorado tanto, perdido tanto, ganhado tanto que mal acredito ter a idade que tenho
Mal acredito ter revelado tantos segredos, ter feito do coração de muitos meu abrigo
Quão egoístas somos ao procurar a felicidade, em cada instante viver pensando e sempre querendo mais
Quanta gana, quantas vezes sugamos ao máximo dos outros em prol de nosso próprio bem-estar
O tempo passa rapidamente, mas o suficiente pra rasgar minhas lembranças e destroçar minhas lamentações
Permanece agora toda a minha memória que não me deixa apagar os simples passos que a saudade deixa ao brotar a solidão diária.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Além da solidão


E parecia felicidade viver aquem do resto
e parecia que eu ia morrer de amor
e disse a você que ia morrer de saudade
mas se hoje tudo parece tão clichê
mas foi tão verdadeiro quanto as lágrimas que soltei
cada pulsar de coração
não, coração não tem nada com isso, deixa ele quieto bombeando sangue para todo o corpo
o que eu senti foi o vazio irreparável da paixão que tanto consome os dias insones
Mas existe vida além da paixão, tão abrasadora quanto efêmera
e só pensando agora é que me deparo com a beleza de estar vivendo, nem que seja pra dizer
que "eu nunca mais vou" e "pra sempre eu vou"
Duas palavras encaixadas tão perfeitamente na juventude que mais parece brincadeira de mal gosto
Hoje, eu sou pura nostalgia e por vezes saudosismo, mas jamais arrependimento

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Para Diego - Coração Noel Rose

 Coração
Grande órgão propulsor
Transformador do sangue venoso em arterial
Coração
Não és sentimental
Mas entretanto dizem
Que és o cofre da paixão
Coração
Não estás do lado esquerdo
Nem tampouco do direito
Ficas no centro do peito - eis a verdade!
Tu és pro bem-estar do nosso sangue
O que a casa de correção
É para o bem da humanidade

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Boa vida - Cazuza

Eu nunca mais quero outra vida
É, eu ando um bocado mudado
Eu nunca mais quero outra vida, eu não
Olha só como eu tô bem tratado
É que os tempos mudaram
E agora eu ando muito bem acompanhado
(É, eu ando, sim)

Eu nunca mais quero outra vida
Jogado na rua feito um vira-lata
O amor um dia chega, irmão
Mesmo pr'um cara pirado
Que só sabe ficar bebendo pinga
Cantando rock, contando vantagem

Agora a gente só vive grudado
Pela rua aos beijos e abraços
Todo mundo repara
E mesmo os meus amigos mais canalhas
Me dão razão quando eu falo

Que eu nunca mais quero outra vida
Me machucar pela pessoa errada
O amor tem cartas já marcadas
E eu nunca tive vocação pra otário
É, os tempos mudaram
E agora eu ando muito bem acompanhado

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Aluga-se - Raul Seixas

Música que me lembra uma das culturais do ultimo eneh, to com preguiça de fazer a contextualização da música, calem o bico e curtam.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O que faço com essas cartas mal embaralhadas
que mais parecem marcadas
rodo e não saio do lugar
procuro uma resposta
Esse jogo mais parece piada de mal gosto
com aquelas gargalhadas que as vezes a vida dá
vou serpenteando esses dias e,
passo rápidamente por suas pegadas que é
pra tentação não lançar impropérios sobre meus dias
Que é pra quando a saudade bater na porta
eu nem pestanejar em abrir
Foram dias essenciais
mas o fim nunca é bom, se fosse bom seria o começo

[essa ultima frase é do filme Divã]

domingo, 10 de julho de 2011

AS ORIGENS DO CAPITALISMO


O Papel do Campo para o Surgimento do Capitalismo
O artigo intitulado “As Origens Agrárias do Capitalismo” da historiadora Ellen Meiksins Wood, trata de um tema que por vezes fora discutido desde as primeiras convenções acerca do nascimento do capitalismo, principalmente os principais conceitos do final do século XIX até os dias atuais. Com influência das teorias marxistas, a autora pôde à sua ótica interpretar as principais mudanças e lapidá-las segundo sua visão de mundo.
Desde que o capitalismo fora conhecido por esse termo, já existente há muito tempo, porém difundido pela historiografia e economia após o economista Karl Marx utilizá-lo de forma inovadora e dar novos olhares a epistemologia e hermenêutica do termo e alavancado grandes questionamentos. Seus principais pilares seriam três indagações indispensáveis para o entendimento macro do desenvolvimento do sistema capitalista: quando, como e onde o capitalismo surgiu? Essas três respostas geram outras inumeráveis questões que diz respeito aos aspectos subjacentes. Ellen Wood concebe o desenvolvimento do capitalismo ligado intimamente ao campo, sendo mais objetivo, aos campos da Inglaterra.
O poder econômico em grande parte dos países europeus desde o século XVI ao XX esteve ligado à posse de propriedades, que em grande parte significou a posse dos meios de produção. O que colocava muitas pessoas á serviço desses proprietários, como vendedores de sua mão-de-obra, ainda que em pequena escala fora suficiente para produzir excedentes e gerar um superávit capaz de elevar sua renda e aumentar seu patrimônio e concomitantemente subordinar mais proletários a um salário.
Ao contrário do convencionado marxismo vulgar, não necessariamente o capitalismo surgiu na cidade, nas indústrias, nas produções em grande escala, e nem sempre o salário seria necessariamente o dinheiro. Apenas com a difusão da economia monetária é que o dinheiro passou a ser pedra angular da troca de serviços. O período fecundo do capitalismo encontrou condições em espaços em que as pessoas estavam necessitadas de custo-benefício rápido, e os proprietários precisavam de trabalhadores que conduzissem uma produção lucrativa.
A Inglaterra conseguiu reunir novamente suas terras, após o período feudal e concentra-las nas mãos de poucos, desapropriando muitos camponeses e os colocando apenas como arrendatários dessas terras. Os enclosures é um dos grandes exemplos a serem demonstrados para essa subordinação que catalisou à pressão capitalista a venda de mão-de-obra.
Partindo da interpretação histórica de que tudo é lapidado segundo um lugar de fala e uma visão de mundo, Ellen Wood pôde contemplar-nos com uma teoria significativa que nos abriu um novo prisma, para entender melhor esse sistema que nos possui e que temos a aparência de que nos é que o possuímos. Conhecer seu nascimento e reprodução pode nos ajudar a entender e lidar com as atuais conjunturas de nossos países.
O Capitalismo Moderno e a Perspectiva Clássica
A obra do economista clássico Jhon Hobson teve sua importância crucial para o entendimento do capitalismo no século XX. Sua obra denominada “A Origem do Capitalismo Moderno” aborda pontos objetivos das condições essenciais para seu desenvolvimento.
A noção de lucro desencadeada pelos empreendedores torna-se perceptível na transição do século XIX para o XX.Com as condições apresentadas por Hobson, como a existência da classe trabalhadora bem como suas necessidades, mercados grandes e acessíveis, e a capacidade desencadeada de aplicar seu excedente a produção de mais renda, dá tônica as produções ligadas diretamente ao lucro sem medidas.
A geração de necessidades de uma população dará impulso para as produções, ficando não apenas a alimentação e vestuário como principal mercadoria. Essas necessidades introduzem novos produtos e novas possibilidades de riqueza aos proprietários dos meios de produção. Essas necessidades são apresentadas essencialmente após o período feudal, sendo assim, os aspectos aqui apresentadas são transitórios e, portanto considerados modernos.
Outro aspecto apresentado pelo autor diz respeito à renda. Aquilo que excede o necessário para seu sustento vai servir de poder aquisitivo para comprar aquilo que lhe foi atribuído como primeira necessidade. Os novos hábitos das sociedades modernas foram importantes para a consolidação do mercado.
Os melhoramentos das produções, possibilitou um tempo reduzido e novas técnicas para qualificação dos produtos, assim as possibilidades de mercado foram surpreendentemente se expandindo, encontrando em outros países seu mercado consumidor.
Os fatores naturais e conjunturais de cada país fez com que o capitalismo se desenvolvesse mais ou menos rápido, essas foram condições sine qua non encontradas  na Inglaterra, sendo ela a grande mãe do capitalismo, que se expandiu para o resto do mundo.

REFERÊNCIAS
1.      WOOD, Ellen Meiksins. As Origens Agrárias do Capitalismo. Montly Review.Vol. 50,p.4-22,1998.
2.      HOBSON, Jhon.A Origem do Capitalismo Moderno.

Os Barcos - Legião Urbana (pura nostalgia)

E há muito estou alheio e quem me entende
Recebe o resto exato e tão pequeno
É dor, se há, tentava, já não tento
E ao transformar em dor o que é vaidade
E ao ter amor, se este é só orgulho
Eu faço da mentira, liberdade
E de qualquer quintal, faço cidade
E insisto que é virtude o que é entulho
Baldio é o meu terreno e meu alarde
Eu vejo você se apaixonando outra vez
Eu fico com a saudade e você com outro alguém

E você diz que tudo terminou
Mas qualquer um pode ver
Só terminou pra você
Só terminou pra você

sábado, 9 de julho de 2011

Alusões e ilusões à Kant e Shopenhauer

A leben hoje revelou grandes possibilidades, entre o que vemos e percebemos, as nossas representações, nosso mundo schein  é puramente shleier , digo, no modo em que vivemos hoje, nossas relações são efêmeras, pois são construídas em meio ao vão, em subjetividades jogadas ao vento a todo momento, nosso mundo é e sempre será Véu de Maia. Nossos traum  são incomensuravéis e ao passar dos anos, são transgredidos pela moral cotidiana, pelas regras, pelo que somos travestidos de pudores. A vernunft, ou seja, nossa razão é ligada ao mundo material, as possibilidades do existir e da coisa-em-si. Hoje descobri como nossas erfahrung  estão nos destinando ao caos, a imprudência. Nosso wollen baseado nas impregnações e nos desejos entre o mundo material e as necessidades não palpáveis à luz de uma razão explicável entre os desejos representados pela materialidade e os impulsos,as sinapses.Segundo Kant,  o ato da vontade, portanto, nada mais é, sem dúvida que o fenômeno mais próximo e mais preciso da coisa-em-si. Dias saturados de incertezas, onde a única escapatória certeira é a morte, caminho pelo qual o homem foge todos os dias (ou  não).Ou não atravessaria a rua correndo, não tomaria remédios, não iria reclamar com  a situação do mundo. O homem não procura os caminhos mais fáceis, procura os que ele irá valorizar mais e irá valorizar mais por ser exatamente isso, o difícil de conseguir, e a morte nada mais é que a consequência da vida, ou seja, nada mais fácil que alcançar a morte plenamente.

VERBETES:
leben: vida
schein :aparências
shleier: 'véu' 'véu de Maia'
traum: sonhos
vernunft: razão
erfahrung: experiências
wollen: querer

Eu é quem não sou.

Eu não sou nada inovadora
Eu sou os livros que leio
Eu sou os filmes que vejo
Eu sou as músicas que escuto
Eu sou aquele meu autor favorito
aquela música que escuto repetidamente
aquele ator que me encanta
Eu sou o meu exame de fezes e urina esporádico
eu sou o papel higiénico que uso
eu sou o suor escorrendo pela espinha na cidade quente
eu sou a lama da chuva do carro de um mau educado passando rápido
Eu sou a falsidade de um meio riso
Eu sou  a copia imperfeita dos meus pais
Eu sou a rispidez do meu pai
Eu sou a emotividade da minha mãe
Eu sou a labuta diária do amanhecer
Eu sou a pus da espinha que nasce em mim
Eu sou a pele ressecada pelo clima 
Eu sou o vomito da ressaca
eu sou o outro dia que nasce após os desastres
eu sou a deficiência física e mental
eu sou os pulsos latejantes das meninas que choram
eu sou o campo triste e devastado pelo homem
eu sou a cumpridora de promessas mal feitas
eu sou a gerenciadora do meu próprio sofrimento
eu sou a cria que não deu certo
eu sou a fruta do pomar caseiro
eu sou o meu próprio umbigo
eu sou o sorriso estupido de uma insensatez
sou o arrependimento da entrega dos sentimentos
eu sou, eu poderia ter sido
eu sofro a tragédia diária de ser humana

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Chega de saudade - Tom Jobim


Não, eu não admito essa saudade a me pertubar de madrugada
Não consigo mais me dar ao luxo de chorar de dor
Nem dor, nem prazer
Meu velho vício é, e sempre foi sonhar
Mesmo sem amparo dos colos carentes
Sozinha, dada aos prazeres
Enxendo meu peito de mal dizeres
Não, não se espante ao fim do dia
Essa mágoa é so pretensão de um dia sermos dois
Querido,
os dias passam e os sentimentos estão sendo catalisados
Não se preocupe, que a perca sempre acarreta ganhos
e o tempo...
ah, o tempo é mercúrio cromo
[vide La Nuova Gioventú - Legião Urbana]

o cheiro do estomago

O homem é sexo e estômago
A mulher é amor e comida
Os moralistas são reprodução e salada
Os desbocados são trepada e panelada
Os aventureiros são orgia e rabada
Os puritanos são abstinência e jejum
Os brasileiros são anal e feijoada
Os holandeses são marijuana e gozada
Os franceses são menage a trois e vinho
Todos, todos são sexo e estômago


segunda-feira, 4 de julho de 2011

10 coisas que odeio em você, versão VIDA REAL

1.      Esse seu corte de cabelo
2.      Esse seu bafo de onça
3.      Esse seu estilo “sou fodão”
4.      Esse seu sinal perto do umbigo
5.      Seus dias sem banhar
6.      Sua mania de querer ser sempre certo
7.      Seus xingamentos sem precisão
8.      Seus amigos antipáticos
9.      Sua família superprotetora
10.  Seus pagodes terríveis

Olha, eu poderia passar a noite escrevendo o que tanto odeio, mas fique so com esses okay e faça o favor de ir para a p$%#%@

sábado, 2 de julho de 2011