quarta-feira, 3 de junho de 2009

De um amigo...

Facas pontiagudas, odes do ofício,
Flores angulosas, dores permanentes...
E de mim não há resquício.


Seios rastejantes, quimera amarga,
Preço alto, este frio indecente...
E no braço o olhar que não me larga.


No vento a semente que não se espalha,
Minhas veias são raízes de uma mortalha,
O corpo inerte, nada que o valha,
Minh’alma queima como queima a palha.





Alexandre Ribeiro

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