À exceção de algumas “seitas” mais fanáticas, nem os católicos negam as evidências da Ciência, distinguindo perfeitamente entre a linguagem metafórica e poética do Antigo Testamento e a realidade, nem os cientistas têm a pretensão de provar ou negar a existência de Deus, como se as suas ressonâncias magnéticas e os seus aparelhos tivessem a capacidade de captar e reduzir a uma “chapa” a complexidade do ser humano, do Universo e de para aí além. Mas a verdade é que a fé não consegue deixar de fascinar os investigadores, ou não movessem montanhas. Agora foi a revista New Scientist a publicar um estudo, citado pela Lusa, em que cientistas dinamarqueses concluíram que a oração ativa uma área do cérebro onde se processa o conhecimento social, ou seja, que rezar é como falar com um amigo.
O cérebro de 20 católicos praticantes foi “fotografado” no decorrer de três tarefas: enquanto recitavam o Pai Nosso, enquanto recitavam um poema, e uma terceira em que improvisavam orações pessoais, antes de fazerem pedidos ao Papai Noel.
Curiosamente, o Pai Nosso e o poema ativaram a mesma área cerebral, mais propriamente a que está ligada à enumeração e repetição. Contudo, a oração improvisada pôs em funcionamento os circuitos utilizados quando se comunica com outra pessoa, e que nos concedem a capacidade de lhes imputar motivações e intenções.
Mas a complexidade não fica por aqui: é que a reação foi também diferente quando rezavam [oravam] e quando se dirigiam ao Papai Noel: quando Deus era o interlocutor iluminavam o córtex pré-frontal (o que se acende quando comunicamos com pessoas reais), que se mantinha apagado no caso do Papai Noel, revelando assim considerá-lo uma figura fictícia, equiparada a um objeto ou a um jogo de computador.
A explicação é que “o cérebro não ativa essas áreas por não esperar reciprocidade, nem considerar necessário pensar nas intenções do computador”.
(Destak)
O cérebro de 20 católicos praticantes foi “fotografado” no decorrer de três tarefas: enquanto recitavam o Pai Nosso, enquanto recitavam um poema, e uma terceira em que improvisavam orações pessoais, antes de fazerem pedidos ao Papai Noel.
Curiosamente, o Pai Nosso e o poema ativaram a mesma área cerebral, mais propriamente a que está ligada à enumeração e repetição. Contudo, a oração improvisada pôs em funcionamento os circuitos utilizados quando se comunica com outra pessoa, e que nos concedem a capacidade de lhes imputar motivações e intenções.
Mas a complexidade não fica por aqui: é que a reação foi também diferente quando rezavam [oravam] e quando se dirigiam ao Papai Noel: quando Deus era o interlocutor iluminavam o córtex pré-frontal (o que se acende quando comunicamos com pessoas reais), que se mantinha apagado no caso do Papai Noel, revelando assim considerá-lo uma figura fictícia, equiparada a um objeto ou a um jogo de computador.
A explicação é que “o cérebro não ativa essas áreas por não esperar reciprocidade, nem considerar necessário pensar nas intenções do computador”.
(Destak)
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